quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vem aí o 15º Conmemô


O Conmemô é o congresso de jovens e adolescentes da Igreja Memorial Batista de Brasília. Promovido pelo Ministério com a Juventude, o congresso chega em 2009 à sua 15ª edição. O tema desse ano é "Testemunhas - Assim brilhe a sua luz", e a divisa está em Mateus 5:16. Convidamos os jovens de todas as idades a estarem conosco nos dias 01 a 04 de outubro, às 20 horas. Naqueles dias, refletiremos sobre diversos aspectos do testemunho na vida do cristão e nos uniremos para louvar a Deus, ouvir Sua Palavra (Bíblia), e desfrutar momentos saudáveis de confraternização.


Visite o site e descubra mais sobre o que vai rolar no 15º Conmemô!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

E se...?


O post de hoje é um estudo hermenêutico sobre a narrativa bíblica do Êxodo feito pelo nosso querido Pr. Evandro. Trata-se de um convite à reflexão sobre o tema da soberania divina e sobre a forma como Deus age na história. Vamos a ele:


Não quero fazer uma pregação, quero propor um estudo, na verdade, um esforço hermenêutico sobre uma passagem que, acredito, todos conhecemos sobejamente.


Quero falar sobre Moisés, sobre um pedaço da história de sua vida, mas sob uma nova perspectiva. Possível, ou não, nunca saberemos de fato... quem sabe? Por isso vamos lançar sobre a história do Êxodo o seguinte questionamento: e se...?


E se ela não tivesse ocorrido da forma como narra o texto, poderia ter ocorrido de outra?


Quero dizer, e se Moisés não tivesse assassinado aquele egípcio?


Sim, porque toda uma série de acontecimentos que se desencadeiam na vida de Moisés são como conseqüência deste ato primeiro, ao que somos levados a questionar: era da vontade de Deus que ele matasse aquele homem?


Certamente não. Podemos fazer essa assertiva tanto tomando por base aquilo que conhecemos de Deus, quanto um princípio hermenêutico antigo, mas ainda válido retirado da obra de Agostinho "De Doctrina Cristiana" que prescreve que qualquer interpretação feita de uma certa parte do texto poderá ser aceita se for confirmada por outra parte do mesmo texto, e deverá ser rejeitada se a contradisser.


Porém, é a partir daí que temos Moisés no deserto.


Em decorrência de uma má escolha, ele vai conhecer o calor e a aridez do deserto. Vai deixar o palácio do faraó para andar errante por uma terra estranha, sozinho e sem esperança. Contudo, Moisés não deixa de experimentar ali no deserto a providência do Senhor. É ali que ele conhece sua esposa, é ali que ele tem seus filhos, é ali que ele tem um encontro com o próprio Deus, e é ali, também, que ele é chamado para ser o libertador do povo de Israel, alguém poderia dizer.

Mas, e se...


Quero dizer: tudo isso não poderia ter acontecido de outra forma?


E se Moisés não tivesse tirado a vida daquele egípcio?


Não considerar essa hipótese é quase afirmar que Deus precisava, ou mesmo, contava com o homicídio cometido por Moisés para que pudesse colocar em prática seu plano para a vida dele e para a vida de Seu povo.


Ou, caindo num absurdo ainda maior, mas muito comum em nossos dias, e em algumas de nossas igrejas, poderíamos pensar que Moisés não teria outra escolha diante da “soberania” sufocante do criador sobre a vontade do homem, em última análise.


Se Moisés não tivesse matado aquele homem, provavelmente, ainda o teríamos no palácio.


E se a salvação de Israel tivesse sido arquitetada a partir do trono?


Que isso... é uma afronta a soberania de Deus o que você está propondo? Alhures, alguém poderia dizer. Ao que eu questionaria: por um acaso a soberania de Deus pode sofrer afronta de um homem?


Analisemos:


1. A forma milagrosa como a vida de Moisés foi poupada;

2. Onde ele foi criado;

3. Como ele foi educado (príncipe); e

4. Que possibilidades de ascensão ao trono ele teria.


Um êxodo mais fácil, menos sangrento, menos sofrido, talvez, até mais "divino, mais "soberano, parece se desenhar.


A verdade é que em nossas vidas uma história, muito parecida com a de Moisés, parece se trançar.

Certamente, Deus fez planos para as nossas vidas na eternidade. E do alto de sua onisciência ele trabalhou com todas as possibilidades para nossa existência. Ele não deixou nenhuma de fora, nem mesmo as piores, o que não quer dizer que ele as desejou, ou as determinou para nós.


Mas, fizemos muitas más escolhas. Temos errado, assustadoramente, o caminho. Temos dado “cabeçadas” em várias direções e, às vezes, Deus, por sua misericórdia infinita, até permite que sejamos bem sucedidos, mas o fato é que o deserto tem nos castigado.


No entanto, olhar para a vida de Moisés desta forma, como hoje propusemos, nos dá a tranqüilidade para afirmar que esteja vc hoje como estiver, e onde estiver, por maiores que tenham sido os teus erros – ainda que tenha sido tirar a vida de um homem, como foi o de Moisés, OS PLANOS DE DEUS PARA A SUA VIDA AINDA CONTINUAM INTACTOS, EM SEU PROJETO ORIGINAL, COMO FORAM ARQUITETADOS POR ELE NA ETERNIDADE.


Os planos de Deus para as nossas vidas são imutáveis, A SOBERANIA DE DEUS NÃO PODE SER AFRONTADA POR HOMENS.


Deus pode, ainda hoje, e em qualquer momento que vc decidir por, realizar aquilo que ele planejou para você.


Fugir para o deserto e continuar andando nele só depende de nós. Podemos ser abençoados lá também, mas existe sempre a possibilidade de experimentarmos o MELHOR de Deus para as nossas vidas.


Forte Abraço,

Pr Evandro Araújo Beserra Neto

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Padres Apologistas


Muitos boatos corriam, nos primeiros séculos da Era Cristã, a respeito das práticas da Igreja. A maioria deles, fruto da ignorância em relação ao verdadeiro significado da simbologia cristã, era usada maliciosamente para justificar a perseguição e a difamação contra os convertidos.


Uma noção comum entre os membros da elite intelectual greco-romana era a de que o cristianismo era uma religião de homens ignorantes, iletrados, herdeiros de uma cultura inferior. Embora fosse verdade que a religião cristã tenha se espalhado inicialmente entre pessoas com pouca educação formal, não tardou que vários homens cultos, formados na erudição helenista, se convertessem. Alguns desses homens se aplicaram a elaborar defesas da doutrina e da conduta da Igreja com a finalidade de convidar os homens cultos e os membros do aparato governamental do Império Romano a conhecer melhor os ensinamentos de Cristo e a cessar as hostilidades para com os cristãos. Os documentos produzidos com esse fim ficaram conhecidos como apologias e, por consequência, seu autores como Pais ou Padres Apologistas.


Pode-se identificar uma estrutura comum aos argumentos das apologias dos séculos II e III. Havia, em primeiro lugar, a preocupação em refutar cada uma das acusações infundadas dirigidas contra a conduta da Igreja. Dizia-se que os cristãos eram: promíscuos, por conta da forte ênfase na prática do amor e - ao que parece - pelo costume de saudarem-se uns aos outros com o ósculo santo; antropófagos, por "comerem a carne e o sangue de seu mestre" em uma celebração "macabra"; e ateus, por não cultuarem um deus representado em uma imagem de escultura e por não possuírem um aparato cerimonial litúrgico elaborado. Em relação a todas esses questões, uma simples leitura do ensinamentos evangélicos a respeito da violência, da sexualidade e da presença de Deus no mundo eram suficientes para afastar qualquer dúvida quanto a essas calúnias que eram frutos risíveis dos preconceitos contra a nova religião.


Em segundo lugar, os apologistas se ocupavam em refutar as concepções religiosas politeístas, especialmente as de matriz grega. Nesse trabalho, os apologistas enfatizavam a imoralidade escandalosa dos deuses gregos, com o argumento de que: se os deuses não conseguem regular suas próprias condutas, como poderão instituir ou mesmo inspirar uma conduta moral? Contra os deuses egípcios, os apologistas demonstravam o absurdo de cultuar animais como deuses, considerando que eles são tão corruptíveis quanto o resto da criação. Contra os deuses caldaicos, estava o fato de que as divindades eram confundidas com estátuas fabricadas pelas próprias mãos de artífices humanos. Contra aqueles que identificavam Deus com os elementos da natureza, como a água, o fogo ou o ar, estava o fato de que os elementos são corruptíveis e contigentes estando submetidos a uma ordem, o que caracteriza a criação e não o criador. Ademais, os apologistas criticavam a decadência dos costumes do Império Romano com a popularidade de espetáculos sangrentos como a luta de gladiadores.


Em terceiro lugar, havia os argumentos em favor da doutrina cristã. Nessa época, o argumento principal para a existência de Deus era a constatação de que a natureza possuiu uma ordem, o que demandaria a existência de um ordenador criativo e inteligente capaz de estabelecer tal ordem. Trata-se de um primeiro esboço do famoso argumento do design. Outro argumento, era baseado na corruptibilidade da matéria: se a matéria criada é corruptível, seria necessária a existência de um Deus incorruptível e independente da matéria para criá-la. Por fim, havia também o argumento baseado na antiguidade. Segundo os apologistas, os relatos bíblicos a respeito das origens do mundo eram mais antigas e coerentes do que as teogonias dos poetas gregos como Homero e Hesíodo.


Em último lugar, as apologias mostravam que a conduta dos cristãos, longe de ser destrutiva para a sociedade, era benéfica, pois eles pregavam a obediência às leis, a honestidade, a castidade, o serviço e a vida simples e honrada. O primeiros apologistas conferiam um peso primordial ao testemunho de vida dos indivíduos e das comunidades cristãs. Isso porque o modo de vida da Igreja era tão diferente e tão desejável que maior argumento em favor do cristianismo não haveria do que simplesmente observar o amor que florescia nela. Nesse sentido são muito significativas as palavras da Carta a Diogneto:


"Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é a pátria deles, e cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em conjunto, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, e aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio". (p. 22-23)


Embora haja essa convergência entre os diversos apologistas em relação à estrutura básica de suas defesas, é incorreto pensar que há uma homogeneidade. Já nessas primeiras obras de apologética, começa a surgir um dos debates que se estenderia por muitos séculos, que consiste na relação entre filosofia e revelação. Atenágoras e Justino, por exemplo, se mostravam simpáticos à incorporação dos raciocínios filosóficos à estrutura do pensamento teológico. Já Taciano e Teófilo exemplificam a corrente teológica que demonstra profunda antipatia contra a filosofia grega, que irá culminar com a célebre posição de Tertuliano: "o que Atenas tem haver com Jerusalém?".


Devemos aos Pais Apologistas a fundação de uma disciplina presente até o hoje no ensino e na prática da Teologia: a Apologética. Além disso, por exigirem uma exposição sistemática e coerente das proposições a respeito de Deus e de sua relação com os homens, as apologias foram muitíssimo relevantes no desenvolvimento posterior da teologia cristã.


Para aqueles que têm interesse em Apologética e em História da Igreja, o livro Padres Apologistas é leitura obrigatória!


Para mais informações a respeito da Igreja nos primeiros séculos conferir:


Daniel-Rops, Henri. Igreja dos apóstolos e dos mátires. São Paulo: Quadrante, 1991.


González, Justo. Era dos mártires. São Paulo: Vida Nova, 2005.


Latourette, Kenneth Scot. Uma história do cristianismo. São Paulo: Hagnos, 2006

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sonetos Santos


John Donne (1572-1631) foi poeta inglês e pastor da Igreja Anglicana. Sua obra foi profundamente marcada pelo seu relacionamento com Deus e pela forma como lidou com o sofrimento. O conhecido escritor cristão Philip Yancey afirmou que a obra de Donne foi fundamental para a sua compreensão de como o cristão deve lidar com a dor e como Deus atua nas vidas daqueles que têm essa experiência. Além de poeta, Donne era também um grande pregador, muitos dos seus sermões são lidos e admirados até hoje. A principal obra lírica cristã de Donne é a coletânia de poemas chamada Sonetos Santos. O soneto transcrito abaixo trata do perdão redentor de Cristo concedido mediante o arrependimento. "Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado, porque eu conheço as minhas trangressões, e o meu pecado está diante de mim." Salmos 51:7.


Sonetos santos

IV

Por John Donne


Tradução de Afonso Felix de Sousa, extraído de: Donne, John. Sonetos de Meditação. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1985, p. 41.


Ó minha negra Alma! agora que é bem clara

A voz do mal, da morte o arauto e o paladino,

És qual réu por traição que se fez peregrino

e não ousou voltar à pátria que deixara,

Ou és como um ladrão antes de condenado

À morte, que só quer livrar-se da prisão,

Mas que ao ver-se arrastado, face à execução,

Quer voltar a ser preso, ainda que abominado.

Terás, se te arrependes, a graça como fruto,

Sim, mas quem te dará a graça da intenção?

Oh, que te vistas com sagrado e negro luto

E então te ruborizes, como a pedir perdão;

Ou banha-te no sangue de Cristo, com poder

De, ainda que vermelho, almas embranquecer.

sábado, 19 de setembro de 2009

A Igreja é maior do que você pensa


Embora Missões Nacionais seja o nosso tema central no mês de setembro, trazemos a obra de Patrick Johnstone “A igreja é MAIOR do que você pensa – A tarefa inacabada da evangelização mundial” (Ed. Missão Horizontes), na qual o autor trata de um cenário mais amplo que o brasileiro, o contexto mundial. Mas as questões de ordem mundial, nesse caso, também podem ser aplicadas para nosso país.

No livro o autor aborda a necessidade da parceria entre igreja local, instituições de ensino e agências missionárias para que o trabalho de evangelização seja cooperativo “e mais produtivo para o Reino de Deus”.

O autor demonstra primeiramente que a Igreja é maior do que você pensa no TEMPO:
“A igreja foi planejada por Deus na Eternidade, antes do princípio do tempo, e seu destino é estar com Deus para toda a Eternidade, quando o tempo não mais existir. Somos parte do corpo eterno. Neste instante, já somos habitantes da Eternidade. Intercessão é uma atividade que entra em contato com a eternidade e a ela pertence.”
Em segundo lugar Johnstone pretende mostrar que a Igreja é maior do que você pensa no TAMANHO:
“Poucos perceberam o tremendo crescimento e expansão da Igreja em toda a sua diversidade e ministérios pelo século XX. (...)
Meu objetivo é lançar um desafio referente à tarefa de evangelização mundial a ser completada no século XXI, demonstrando que embora esteja inacabada, é possível terminá-la, e terminá-la em breve se nos mobilizarmos. Meu desejo é ver um envolvimento mais intenso e abrangente das igrejas, em resposta entusiasmada à Grande Comissão.”
O tereceiro ponto que o autor quer mostrar é que a Igreja é maior do que você pensa em ESTRUTURA:
“...nossa percepção do que constituem as estruturas da Igreja tem sido moldada por uma teologia inadequada e por padrões distorcidos... Seus efeitos tem sido a marginalização ou eliminação da visão e dos mecanismos de evangelização mundial. Meu objetivo é que nos arrependamos dos fracassos passados e corrijamos aquilo que for deficiente em cada esfera da vida da igreja, para que nos tornemos mais eficazes em missão.”
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” Is. 53.6

Compartilhando a visão missionária

Vários autores compartilham conosco suas experiências e visão missionária.
Ronaldo Lidório é um deles. Mineiro da cidade de Nanuque, converteu-se aos sete anos e aos 14 foi despertado para o trabalho missionário.Após completar 18 anos, ingressou em um seminário teológico, casou-se e três anos depois o casal foi morar em uma aldeia africana no interior de Gana. Lá prestou assessoria à igreja Konkomba e consultoria antropológica e missiológica a países da África e da América do Sul. Após sete anos de dedicação, entregou o Novo Testamento traduzido inteiramente para uma das línguas dos Konkomba.Desde 2001, Lidório e sua esposa Rossana, tem se dedicado ao plantio de igrejas, à análise lingüística e tradução da Bíblia e ao desenvolvimento humano e social na Amazônia indígena. (Conf. Mission. 2009 - boletim 1 - www.sbpv.org.br)


Estas são as obras de Ronaldo Lidório disponíveis na biblioteca. Acesse o endereço da editora para ler a sinopse:


. Missões, o desafio continua
Ed. Betânia – WWW.editorabetania.com.br/2007/web/livro/index/cod/243


. Restaurando o ardor missionário
www.cpad.com.br/?acao=HL


. Com a mão no arado. Pensando a vida, cumprindo a missão
Ed. Betânia, 2006. www.editorabetania.com.br/2007/web/livro/index/cod/343


. Konkombas
http://www.bibliologia.com.br/evangelismo-e-missoes/107403-konkombas.html


Se quiser saber mais sobre o autor e sobre o que Deus já fez e tem feito por intermédio da vida desse missionário, acesse www.ronaldo.lidorio.com.br/.

Cristianismo Verdadeiro


Cristianismo Verdadeiro, de William Wilberforce, é um livro dedicado a denunciar o cristianismo morno, exclusivamente cultural, professado pelas classes média e alta da Inglaterra do final do século XVIII e início do século XIX, e contrastá-lo com o verdadeiro cristianismo: o Cristianismo da Escrituras.


Ao ler o livro de Wilberforce, ao mesmo tempo em que temos o prazer de desfrutar de um texto bem escrito, fluente e recheado das verdades do evangelho, ficamos incomodados, pois muito dos problemas por ele diagnosticados naquela época continuam a ser verdadeiros. Por isso, é necessário que levemos a sério o tratamento proposto.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Experiência com Deus


O Coro Jovem da Igreja Memorial Batista apresentará, no dia 19 de setembro, sábado, às 20h e no dia 20 de setembro, domingo, às 19h, o musical Experiência com Deus. Vale a pena conferir esse belo musical conosco! A Igreja Memorial Batista está localizada na W5 Sul, SGAS 905, módulos E e F. A entrada é franca.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Atos de contrição e suspiros de amor


Gregório de Matos e Guerra (1636-1695) foi poeta e advogado, nascido no Brasil-colônia - na cidade de Salvador-, ficou conhecido por suas poesias satíricas em que criticava a imoralidade da administração colonial e os costumes de sua época. O grande pregador Pe. Antônio Vieira chegou a dizer que os poemas de Gregório de Matos tinham maior fruto do que seus sermões. O poeta bahiano também ganhou renome pelos seus belos poemas religiosos. Podemos dizer que o principal tema de sua lírica cristã era o arrependimento e a contrição e o correspondente perdão e amor de Deus. O poema transcrito demonstra exatamente esse quebrantamento de coração daquele que convencido do seu pecado pode voltar-se para o abraço divino por meio do perdão.


A N. S. Jesus Cristo com atos de contrição e suspiros de amor

Por Gregório de Matos


Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade,

É verdade, meu Deus, que hei deliqüido,

Deliqüido vos tenho, e ofendido,

ofendido vos tem minha maldade.


Maldade, que encaminha à vaidade,

Vaidade, que todo me há vencido;

Vencido quero ver-me, e arrependido,

Arrependido a tanta enormidade.


Arrependido estou de coração,

De coração vos busco, daí-me os braços,

Abraços, que me rendem vossa luz.


Luz, que claro, me mostra a salvação,

A salvação pretendo em tais abraços,

Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Por ti darei a minha vida


No embalo da campanha de missões nacionais, você pode conferir abaixo o clipe oficial do hino de missões nacionais, Por ti darei a minha vida, composto por Almir Rosa e Simone Rosa. A mensagem da música mostra que não há omissão inocente quando o assunto é missão, o que é traduzido no verso que conduz ao estribilho: Se eu não for, quem irá? A proposta é que aceitemos tomar nossa parte nessa história dando nossa vida por missões, pela conquista de almas para Cristo, pelos que carecem da Graça, como imitadores do amor de Cristo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Missões - livros e vídeos


"Dos filhos de Issacar, conhecedores da época,
para saberem o que Israel devia fazer, duzentos
chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens" 1Cr.12.32


"Vivemos um momento histórico em que precisamos de "filhos de Issacar" em nosso meio. Homens que olhem além do horizonte, que estudem a época e a história ao mesmo tempo em que se submetam a Deus; que usem ao máximo o raciocínio e conhecimento acumulados em nossa teologia, mas que também busquem o Senhor com toda a força da alma; que vivam no século XXI com sua nova tecnologia e comunicação disponíveis, mas não abram mão daquele momento em que o Espírito diz: 'Este é o caminho, andai por ele.' " (*Ronaldo Lidório, missionário)



Neste mês de Campanha de Missões Nacionais, divulgamos algumas das obras disponíveis no acervo da Biblioteca da IMB:

Com a mão no arado – Pensando a vida, cumprindo a missão. *Ronaldo Lidório. Ed. Betânia, 2006.

Desafiando os Limites da Fé - Como ultrapassar as fronteiras das impossibilidades humanas. Irmão André. Mundo Cirstão, 1999.

Eu, um missionário? Antonia Leonora van der Meer. Ultimato, 2006.

Fábrica de missionários – Nem leigos, nem santos. Rubem Amorese. Ultimato, 2008.

Missão integral – Ecologia e sociedade. Paulo Roberto B Brito (Org.). W4 Editora, 2006.

Missionários feridos – Como cuidar dos que servem. Antonia Leonora van der Meer. Ultimato, 2009.

O que os cristãos devem saber sobre orar por missões. Godfree, Margaret. Danprewan, 2005.

Terra Selvagem – DVD – Focus Filmes.
(assista o trailer no endereço:
http://www.focusfilmes.com.br/prd/filme.php?c=69)

O último missionário - Os missionários estrangeiros estão deixando o Brasil. Qual a perspectiva para a nova liderança evangélica? Carlos Caldas. Ed. Mundo Cristão, 2001.

Um jumentinho na avenida – A missão da igreja e as cidades. Marcos monteiro. Ultimato, 2007.

Uma chama na escuridão. DVD – A história verídica de William Carey (“O pai das modernas missões”. Comev Cine.
(Assista o trailer no endereço:
http://www.comev.org.br/loja/trailermostra.asp?cod=39)

A visão missionária na Bíblia – Uma história de amor. Timóteo Carriker. Ultimato, 2005.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Deus (In)visível


Em "O Deus (In)visível" (Ed. Vida), Phillip Yancey convida o leitor a reflexões sobre como temos enxergado Deus e analisa a proposta bíblica para construirmos um relacionamento íntimo com o Pai. Com honestidade e franqueza típicas, Yancey faz profundos questionamentos a respeito da nossa percepção de Deus e combate as respostas prontas às questões cruciais da vida, como, por exemplo, ao abordar o tema: "a fé em Deus nos momentos em que Ele parece inacessível".

Influenciado por sua formação jornalística, o autor sustenta o tema do livro com uma das principais características do texto periodista: a inserção de histórias, depoimentos, testemunhos. Consequentemente, a discussão fica extremamente enriquecida pelos diversos pontos de vista apresentados.

Por todo o livro, Yancey convoca o leitor a se abrir para novas perspectivas sobre o nosso relacionamento com Deus. Veja, por exemplo, estes trechos do capítulo "Paixão e Deserto", pág.180:

"Trace um percurso que garanta uma vida de oração vitoriosa, a presença ativa de Deus e vitória constante sobre a tentação e provavelmente ficará encalhado. O relacionamento com um Deus invisível sempre inclui incerteza e instabilidade.
(...)

Quando olho para trás, para os gigantes da fé, vejo que todos tinham algo em comum: nem vitória, nem sucesso, mas paixão. A ênfase na técnica espiritual pode muito bem nos afastar do relacionamento apaixonado que Deus valoriza acima de tudo. Mais que um sistema doutrinário, mais que uma experiência mística, a Bíblia ressalta um relacionamento com uma Pessoa, e os relacionamentos nunca são estacionários.

(...)
Moisés discutiu tão calorosamente com Deus que diversas vezes persuadiu Deus a mudar de ideia. Jacó lutou a noite inteira e usou de subterfúgios para conseguir a bênção de Deus. Jó atacou Deus com fúria sarcástica. Davi infringiu pelo menos a metade dos Dez Mandamentos. Mas eles nunca desistiram totalmente de Deus, e Deus nunca desistiu deles. Deus pode aplacar a ira, a culpa e até mesmo a desobediência obstinada. Contudo, existe algo que impede o relacionamento: a indiferença".

Sem dúvida, o livro desperta o desejo ardente de buscar a presença de Deus e faz o leitor se sentir profundamente motivado a adotar uma vida cristã que inclua mais momentos íntimos com Deus.

Por Elisângela de Freitas

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O altar


George Herbert (1593-1633) foi sacerdote da Igreja da Inglaterra e dedicou sua poesia ao serviço do evangelho, especialmente nos últimos dias de sua produção literária. Sua obra é considerada uma autobiografia espiritual e influenciou várias gerações de poetas e leitores. O poema O altar, transcrito abaixo, usa uma técnica de representação icônica semelhante ao do poema A cruz de Fagundes Varela, que já postamos aqui no blog. Nele o poeta dedica o seu coração como um altar para prestar o louvor e sacrifício que verdadeiramente agradam a Deus. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" Romanos 12:1


O altar

Por George Herbert


Tradução de Aíla de Oliveira Gomes, extraído de: Gomes, Aíla de Oliveira. Poesia Metafísica: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 92.


Senhor, teu servo te levanta um ALTAR quebrado,

Feito de um coração, e de lágrimas cimentado,

Cujas partes são como tua mão os moldou;

Instrumento algum um outro assim criou.

CORAÇÃO solitário,

Nenhum lapidário

Capaz de o lavrar

Com Tu'arte ímpar.

Coração de pedra,

Cada caco informe

Se une e se queda

A louvar teu Nome.

Por isso, se eu consigo alcançar a paz,

Destas pedras aqui teu louvor ouvirás.

Oh! permite que o SACRIFÍCIO aqui seja meu,

E santifica este ALTAR, para que seja teu.

sábado, 5 de setembro de 2009

A sós com Deus: o poder e a paixão pela oração


No livro A Sós com Deus, John Macarthur afirma que a essência da oração é simplesmente falar com Deus como se falaria com um amigo querido, sem qualquer fingimento ou petulância. No entanto, é com relação a essa mesma atitude para com a oração que tantos crentes têm problemas.


Segundo o autor, pelo fato de a comunhão com Deus ser tão vital e a oração tão eficaz no cumprimento do plano divino, o inimigo tenta constantemente disseminar enganos sobre o nosso entendimento da oração e sobre o compromisso de orar. Macarthur diz que a cada nova geração nos deparamos com a necessidade de redefinir e corrigir uma percepção errônea ou confusa acerca da oração. “Você pode ter o maior respeito pela oração, e ainda assim descobrir que a sua própria prática individual carece de propósito e vitalidade, e assim você também não passa tempo com Deus como sabe que deveria. Embora haja muitos motivos pelos quais os cristãos têm dificuldade para orar, creio que há um fator que supera todos os outros”. Martin Lloyd-Jones escreveu:


"Por ser a mais elevada atividade da alma humana, a oração é ao mesmo tempo o teste definitivo da real condição espiritual do homem. Não há nada que reflita tanto a verdade a nosso respeito como povo cristão quanto nossa vida de oração...”


O pastor diz que, para os cristãos, orar é como respirar. Você não tem de pensar em respirar porque a atmosfera exerce pressão sobre os seus pulmões e o força a fazer isso: “É por isso que é mais difícil prender a respiração do que respirar. Como crentes, todos entramos na atmosfera divina para respirar o ar da oração. Somente dessa forma poderemos sobreviver nas trevas do mundo”.


Quem ler o livro redescobrirá o poder e a paixão que o tempo gasto com Deus pode trazer. Entenderá que oração não é uma tentativa de fazer com que Ele concorde com você ou venha atender aos seus desejos, mas que ela é tanto uma afirmação da Sua soberania, retidão e majestade, quanto um exercício para conformar seus desejos e propósitos à Sua vontade e glória.


Por Priscila Rocha

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Profeta

"No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." (Isaías 6: 1-8)


O poema seguinte foi escrito por Aleksandr Púchkin (1799-1837), considerado o fundador da literatura moderna russa e maior poeta nacional russo. O poema trata liricamente da vocação do profeta, inspirado no trecho transcrito de Isaías. O texto mostra a purificação dos lábios realizada por Deus na vida do profeta e sua consagração como porta-voz d'Ele para "inflamar os corações humanos". Que possamos dedicar nossas vozes a proclamar a Palavra de Deus ao coração do mundo!


Nota: O trabalho de tradução de poemas exige uma reconstrução que, ao mesmo tempo, mantenha fidelidade de conteúdo e beleza de forma. Felizmente, temos duas boas traduções desse poema em português. Transcrevemos abaixo as duas: a primeira de Nina e Filipe Guerra, tradução portuguesa; e a segunda de Boris Schnaiderman e Nelson Ascher, tradução brasileira.

O profeta

Por A. S. Púchkin.


Tradução por Nina Guerra e Filipe Guerra, extraído de: Frank, Joseph. Dostoiévski: O manto do profeta. São Paulo Edusp, 2007, p. 24.


Com o espírito morto de sede,

Rojo-me num deserto escuro,

E voa um anjo de seis asas

Na encruzilhada dos meus rumos.

Com dedos leves como o sonho

O serafim toca-me os olhos:

Uns olhos profetas se abriram

Como os da águia assustada.

Eis que me assoma os ouvidos

E os enche de alvoroço:

Escuto o tremer do céu, o alto

Vôo dos anjos, o deslizar

Subáqueo do monstro marinho

E a rosa a crescer no vale.

Sobre minha boca se inclina

E arranca a língua ardilosa,

Carpideira, iníqua e vã,

E com a destra ensangüentada

Põe o dardo da sábia cobra

Na minha boca silenciada.

Com a espada me corta o peito,

O meu coração latejante

Despega, e no vão negro do seio

O anjo mete a brasa viva.

Estou, como morto, no deserto

E a voz de Deus por mim clama:

Ergue-te, ouve e vê, profeta,

Da minha vontade te tomes,

Mares e terras percorre, queime

Meu verbo no coração dos homens.


Tradução de Boris Schnaiderman e Nelson Ascher, extraído de: Púchkin, Aleksandr. A dama de espadas: prosa e poemas. São Paulo: Editora 34, 2006, p. 240-241.


Num ermo, eu de âmago sedento

já me arrastava e, frente a mim,

surgiu com seis asas ao vento,

na encruzilhada, um serafim;

ele me abriu, com dedos vagos

qual sono, os olhos que, pressagos,

tudo abarcaram com presteza

que nem olhar de águia surpresa;

ele tocou-me cada ouvido

e ambos se encheram de alarido:

ouvi mover-se o firmamento,

anjos cruzando o céu, rasteiras

criaturas sob o mar e o lento

crescer, no vale, das videiras.

Junto a meus lábios, rasgou minha

língua arrogante, que não tinha,

salvo enganar, qualquer intuito,

da boca fria onde, depois,

com mão sangrenta ele me pôs

um aguilhão de ofídio arguto.

Vibrando o gládio com porfia,

tirou-me o coração do peito

e colocou carvão que ardia

dentro do meu tórax desfeito.

Jazendo eu hirto no deserto,

o Senhor disse-me: "Olho aberto,

de pé, profeta e, com teu verbo,

cruzando as terras, os oceanos,

cheio do meu afã soberbo,

inflama os corações humanos!"