sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um novo projeto educacional para os Batistas Brasileiros

Há alguns anos a Convenção Batista Brasileira sentiu a necessidade de mudar seu modelo de educação religiosa. A Comitê de Educação Religiosa esteve a frente do processo de criação de um novo projeto pedagógico e os resultados desse processo foram apresentados há alguns meses no documento intitulado "Plano Diretor da Educação Religiosa Batista no Brasil", que disponibilizamos abaixo. O relator do Comitê, o Pastor Lourenço Stelio Rega, escreveu um artigo no Jornal Batista explicando os elementos principais do novo Plano, que também disponibilizamos abaixo.


OJB16042010-PDER Artigo Resumo



PlanoDiretor_Versao 3.1


PlanoEstrategico Igreja-versao2.2

sábado, 30 de outubro de 2010

Novas aquisições - setembro e outubro


Conheça as novas aquisições da biblioteca!


A. M. KATER FILHO. Orar com eficácia e poder. São Paulo - SP: Ed. Ave Maria, 2007. 125p. ISBN 978-85-276-1170-1.

ALBOM, Mitch. Tenha um pouco de fé: uma história real. Rio de Janeiro - RJ: Sextante, 2010. 239p.

BLAMIRES, Harry. A mente cristã: como um cristão deve pensar?. São Paulo - SP: Shedd Publicações, 2006. 206p. ISBN 85-88315-52-1.

BULLÓN, Alejandro. Sinais de Esperança: uma leitura surpreendente dos acontecimentos atuais. Tatuí- SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008. 110p. ISBN 978-85-345-1184-1.

CALVANI, Carlos Eduardo. Teologia da Arte: Espiritualidade, Igreja e Cultura a partir de Paul Tillich. São Paulo - SP:Fonte Editoral, 2010. 408p. ISBN 978-85-86671-97-5.

CARROLL, Aileen Silva. Até Quando?: O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo. Viçosa - MG: Ultimato, 2010. 128p. ISBN 978-85-7779-037-1.

CHAPMAN, Gary. Amor & Lucro: como organizar as finanças no casamento. São Paulo - SP: Mundo Cristão, 2010. 82p. ISBN 978-85-7325-624-6.

CURY, Augusto. O vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos. São Paulo - SP: Academia de Inteligência, 2009. 318p. ISBN 978-85-60096-51-0.

CURY, Augusto. O Vendedor de Sonhos: O Chamado. São Paulo - SP: Academia de Inteligência, 2008. 295p. ISBN 978-85-60096-27-5.

DEYOUNG, Kevin. Por que amamos a Igreja. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 269p. ISBN 978-85-7325-609-3.


DOOYEWEERD, Herman. No crepúsculo do pensamento: Estudos sobre a pretensa autonomia do pensamento filosófico. São Paulo - SP: Hagnos, 2010. 301p. ISBN 978-85-7742-067-4.

ERICH, Mauerhofer. Uma introdução aos escritos do Novo Testamento. São Paulo - SP: Editora Vida, 2010. 622p. ISBN 978-85-383-0112-7.

FORELL, George W. Ética da Decisão. 8a. - revisada. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2005. (Teologia Sistemática b-2). ISBN 85-233-0175-5.

GUNDRY, Stanley. Perspectivas sobre a Santificação. São Paulo - SP: Vida - SP, 2006. 271p. (Coleção Debates Teológicos). ISBN 85-7367-815-1.

GUNNEWEG, Antonius H. J. Hermenêutica do Antigo Testamento. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2003. 252p. ISBN 85-233-0720-6.

HAYFORD, Jack W. Orar é conquistar o impossível. São Paulo - SP: Editora Vida, 2008. 202p. ISBN 978-85-383-0057-1.

HORSLEY, Richard A. Jesus e a espiral da violência: resistência judaica popular na Palestina Romana. São Paulo - SP: Paulus, 2010. 303p. (Bíblia e Sociologia). ISBN 978-85-349-2635-5.

JEREMIAS, Joachim. Jerusalém no tempo de Jesus: pesquisas de história econômico-social no período neotestamentário. São Paulo - SP: Paulus, 2010. 512p. ISBN 978-85-98481-41-8.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. São Paulo - SP: Nova Cultural Ltda., 2005. 511p. ISBN 85-13-01245-9.

KEMP, Jaime. A Graça de Deus: Descobrindo o amor do Pai. Niterói - RJ: Editora Palavra, 2010. 145p. ISBN 978-85-63707-01-7.

KRÜGER, René. A Diáspora: da experiência traumática a paradigma eclesiológico. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2009. 148p. ISBN 978-85-233-0923-7.

LENAERS, Roger. Outro cristianismo é possível: a fé em linguagem moderna. São Paulo - SP: Paulus, 2010. 262p. (Coleção tempo axial). ISBN 978-85-349-3159-5.

LOREN, John. Transformando o seu ser interior: princípios divinos para uma duradoura mudança de vida. São Paulo - SP: Editora Vida, 2010. 271p. ISBN 978-85-383-0167-7.

LUDOVICO, Isabelle. O resgate do feminino: a força da sensibilidade e ternura em homens e mulheres. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 252p. ISBN 978-85-7325-486-0.

MANNING, Brennan. Convite à solitude. São Paulo - SP: Mundo Cristão, 2010. 190p. ISBN 978-85-7325-630-7.

MEIRA, José Gabriel BLoise de. Os dois barcos: meditações sobre uma pesca milagrosa. [S.l.]: Mensagem Para Todos, 2010. 59p.

PACKIAM, Glenn. Efeito Borboleta: Um simples gesto. Um mundo de diferença. São Paulo - SP: Gerimpo Editorial, 2010. 191p. ISBN 978-85-62877-14-8.

PIEDRA, Arturo. Evangelização Protestante na América Latina: análise das razões que justificaram a expansão protestante (1830 - 1960). São Leopoldo - RS: Sinodal - RS, 2006. 234p. ISBN 85-233-0847-4.

PIEDRA, Arturo. Evangelização Protestante na América Latina: Análise das razões que justificaram e promoveram a expansão protestante. São Leopoldo - RS: Sinodal - RS, 2008. 232p. ISBN 978-85-233-0889-6.

REIMER, Ivoni Richter (org.). Economia no mundo bíblico: enfoques sociais, históricos e teológicos. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2006. 213p. ISBN 85-89000-86-9.

ROCHA, Alessandro Rodrigues. Experiência e discernimento: Recepção da Palavra numa cultura pós-moderna. São Paulo - SP: Fonte Editorial Ltda., 2010. 452p. ISBN 978-85-63607-03-4.

SANCHES,Sidney. A teologia evangélica contextual. São Paulo - SP: Editora Reflexão, 2010. ISBN 978-85-61859-51-0.

SCHILLEBEECKX, Edward. Jesus: A história de um vivente. São Paulo - SP: Paulus, 2008. (Coleção Teologia sistemática). ISBN 978-85-349-2933-2.

SCHOTTROFF, Luise. Exegese Feminista: resultados de pesquisas bíblicas a partir da perspectiva de mulheres. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2008. 238p. ISBN 978-85-233-0896-4.

SMITH, James Bryan. O maravilhoso e bom Deus: apaixonando-se pelo Deus que Jesus conhece. São Paulo - SP: Editora Vida, 2010. 276p. ISBN 978-85-383-0166-0.

SOUZA, Sandra Duarte de. A casa, as mulheres e a Igreja: Gênero e religião no contexto familiar. São Paulo - SP: Fonte Editoral, 2009. 180p. ISBN 978-85-86671-52-4.

SWINDOLL, Charles. Semelhantes a Jesus: 8 fundamentos para levar você lá. Belo Horizonte - MG: Motivar, 2010. 283p. ISBN 978-85-99295-40-3.

TEN BOOM, Corrie. Eis que estou à porta e bato: 40meditações in´[editas (da autora) de O Refúgio Secreto. São Paulo - SP: Editora Vida, 2010. 123p. ISBN 978-85-383-168-4.

VASCONCELLOS, Marcio de. O canto de Aslam: uma abordagem do mito na obra de C.S. Lewis. São Paulo - SP: Editora Reflexão, 2010. ISBN 978-85-61859-14-5.

WACHS, Manfredo Carlos. et all. Ensino Religioso: religiosidades e práticas educativas. São Leopoldo - RS: Sinodal, 2010. 315p. ISBN 978-85-62865-30-5.

YANCEY, Philip. Para que serve Deus: Em busca da verdadeira fé. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 279p. ISBN 978-85-7325-628-4.

YOUNG, William P. A Cabana. [S.l.]: Sextante (GMT Editores Ltda.), 2008. ISBN 9788599296363.

ZWETSCH, Roberto E. Missão como com-paixão: por uma teologia da missão em perspectiva latino-americana. São Leopoldo - RS: Sinodal - RS, 2008. 431p. ISBN 978-85-233-0912-1.

WELKER, Michael. O Espírito de Deus: Teologia do Espírito Santo. São Leopoldo - RS: Sinodal - RS, 2010. 300p. ISBN 978-85-62865-27-5.
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imagem: "Le philosophe", de Andre Martins de Barros (www.beinart.org)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Os novos rumos da Teologia

Teologia: Ciência e Profissão (A identidade, a formação e o campo de atuação profissional do teólogo no Brasil)

Priscila Rocha

O livro a “Teologia: Ciência e Profissão” é uma obra coletiva composta por trabalhos de especialistas que analisam a difícil convivência da velha ciência teológica com a educação superior no Brasil. Além disso, sugere outro avanço no estudo científico da religião entre nós: a emancipação científica e acadêmica das ciências da religião, que na opinião deles poderão contribuir mutuamente para o progresso teórico e prático do conhecimento da dinâmica do campo religioso brasileiro, assim como do compromisso das instituições religiosas com a sociedade.

De acordo com o livro, a teologia no Brasil, passou a ganhar respeito acadêmico a partir do forte impacto da Teologia da Libertação, movimento intelectual que percorre toda a América Latina a partir dos anos 60 do século passado, estimulado principalmente pelas ditaduras militares que assolaram o Continente naquele período.

Profissão

Para o especialista, Antonio Maspoli de Araújo Gomes, algumas habilidades necessárias para o exercício da profissão do teólogo referem ao fazer teológico e outras se reportam ao próprio teólogo. Segundo ele o teólogo trabalha com a certeza de que sua condição de compreensão do universo é aceitar submeter seu saber e suas dúvidas ao crivo da sabedoria de Deus. Deve compreender que o mundo amado por Deus compreende a ordem de coisas que se rebelou contra o criador. Isto é, precisa estar equipado para a solidariedade e engajamento no mundo. “O teólogo deve caminhar com Deus na caminhada do povo de Deus sem preconceito de sexo, raça, religião ou classe social. Trabalha com a certeza de que sua condição de compreensão do universo é aceitar submeter seu saber e suas dúvidas ao crivo da Sabedoria de Deus”, explica. Antonio Maspoli observa, também, que a teologia deve se colocar a serviço da transformação da realidade social.

Reconhecimento

O professor Ronaldo Cavalcante diz que o reconhecimento dos cursos de teologia no Brasil já é uma realidade consolidada, especialmente agora com o Parecer 0063/2004 do CNE/CES em que se contempla a integralização daqueles créditos cursados nos cursos livres de teologia (seminários) em cursos de teologia reconhecidos. Situação nova que gradativamente vai colocando a teologia oficialmente dentro do mundo acadêmico e universitário Brasileiro: “Em lugar de uma teologia dogmática e finalista, inscreverá no ‘cardápio’ universitário uma teologia hermenêutica aberta e arejada, cuja tarefa é a de encontrar, recuperar e valorizar o seu texto sagrado - sua palavra”.

Ciência

Já o Pós Doutor em história das idéias, Osvaldo Henrique Hack, argumenta que estudar teologia não é um privilégio de quem busca a vida religiosa como opção vocacional: “Os cursos de teologia ou de ciências da religião oferecidos nas universidades, estabelecimentos de ensino superior, formarão bacharéis habilitados para exercer a vida profissional no magistério, no campo da ética ou na liderança religiosa de suas comunidades”. Hack argumenta que a teologia deve ser entendida como uma área de conhecimento tão necessária e importante como a antropologia, a filosofia ou a psicologia.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O fim da história e a história do fim

“E, estando Ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os Seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo” (Mateus 24. 3)


O capítulo 24 do Evangelho segundo Mateus registra a resposta de Jesus às duas perguntas dos Seus discípulos: As perguntas são: a) quando aconteceria a destruição do templo de Jerusalém (e a queda de Jerusalém)? b) qual será o sinal da segunda vinda que antecederá imediatamente o fim do mundo?

Os dois acontecimentos estão cronologicamente e extensamente separados, mas as respostas estão neste capítulo tão entretecidos, a ponto de ser tarefa difícil desenredar e indicar exatamente em cada passagem individual o que se refere a um e a outro acontecimento. Contudo, Jesus não deixou de responder aos Seus discípulos.

Quanto à destruição do templo e queda de Jerusalém, Jesus relacionou fome, guerras, perseguição, aparecimento de falsos cristos e falsos profetas como prenúncios, princípios de dores. Tais eventos não marcam o fim, mas o começo. A abominação da desolação (gr. ereimosis. vs. 15) por exemplo, foi claramente interpretada como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos (70 d.C.): “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação (gr. ereimosis)” (Lucas 21. 20). E Jesus afirmou que não passaria aquela geração sem que todas as coisas se cumprissem (vs. 34-35). Além disso, as tribulações pelas quais passariam os judeus 43 anos depois (uma geração correspondia a aproximadamente 40 anos!) seriam tão grandes: “como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá?” (vs. 21). O que Jesus está dizendo é que há uma história do mundo antes daquela tribulação prevista e há uma história depois; portanto, aquela tribulação, já prevista aos Seus discípulos (Mateus 10. 16-22), não antecede o fim do mundo, mas a queda de Jerusalém e a destruição do templo.

Quanto à Sua vinda e o fim do mundo, Jesus deixa claro que se trata de um evento súbito, repentino e imprevisível (vs. 36-44). Naquele momento, na carne, esvaziado de Sua glória, nem mesmo Ele podia prever (vs. 36). Mas Jesus não deixou a segunda pergunta dos Seus discípulos sem resposta. Se eles perguntaram por um sinal, Jesus o apontou claramente. Ele disse: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do Homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (vs. 30). Então o sinal do fim do mundo é a própria parousia, i.e., a volta poderosa e gloriosa de Jesus vindo sobre as nuvens.

Por meio do processo da perspectiva profética, fenômeno segundo o qual acontecimentos extensamente separados cronologicamente, são vistos como se fosse um só bloco, assim como as montanhas vistas de longe, as quais se fundem ante nossos olhos, Jesus falou proféticamente da queda de Jerusalém e destruição do templo (ocorrida 43 anos depois) e da Sua segunda vinda e o fim do mundo.

Os dois acontecimentos são vistos como partes de um todo, e eles o são. São a história do povo de Deus que experimenta vitórias, mas também enfrenta perseguições. São partes da história do povo de Deus chamado todo tempo a viver em prontidão. Igreja que é chamada a viver durante esse período entre os dois eventos: recusando ser desviada, com atenção à preparação pessoal para a volta de Cristo, com paciência na perseguição e pregando o Evangelho do Reino. A ênfase é oferecida através dos verbos escatológicos: acautelai-vos, esperai, vede, perseverai, vigiai, trabalhai!

Que os eventos cataclísmicos não nos perturbem. Que a certeza e a subitaneidade da segunda vinda nos deixem sempre alertas, sempre apercebidos. Que a parousia não nos encontre desprevinidos!

Maranata, ora vem, Senhor Jesus!

Pr. Josué Mello Salgado

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A missão cristã no mundo moderno



Alguns enfatizam que a missão cristã é “proclamação verbal” ou “salvar almas”. Outros se concentram em questões de justiça social ou projetos de desenvolvimento. Não podemos fazer ambos?

Nessa obra clássica, John Stott apresenta definições cuidadosas de cinco termos-chave — missão, evangelismo, diálogo, salvação e conversão — e, biblicamente, oferece um modelo de ministério para as necessidades espirituais e físicas das pessoas. Para o autor, a missão cristã é tanto evangelização como ação social.


A Missão Cristã no Mundo Moderno é uma abordagem equilibrada e holística da missão que, a partir do exemplo de Jesus, aponta o caminho para o trabalho da igreja no mundo.

Clique no link para ler a apresentação, prefácio e a introdução do livro:

O autor:
John Stott é Conhecido no mundo inteiro como teólogo, escritor e evangelista, John Stott é autor de mais de quarenta livros, incluindo A Missão Cristã no Mundo Moderno, A Bíblia Toda, o Ano Todo, Por Que Sou Cristão e o campeão de vendas Cristianismo Básico. Ele é pastor emérito da All Souls Church, em Londres, e fundador do London Institute for Contemporary Christianity. Foi indicado pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo.



(fonte: http://ultimato.com.br/sites/missao-mundo-moderno/o-autor/)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Não gosto de política!"

Essa é uma expressão usada por muitos que fundamentam assim a sua postura apolítica, i.e, "que ou aquele que não se interessa por política ou por ela tem aversão" (Dicionário Houaiss). Contudo, a expressão pode ser usada em um outro sentido, que, paradoxal e aparentemente, envolve sim participação, e às vezes até militância política. O significado da expressão depende do sentido da palavra!

Das diversas definições da palavra política duas se destacam: 1) política é a arte de bem governar os povos. "Política denomina a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estados, chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados". O termo política é derivado do grego antigo (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana" (“Política”, in Wikipédia).

Neste sentido, i.e,.como arte de bem governar, o conceito é positivo e fundamenta a conhecida afirmação aristotélica: "o homem é um animal político." Dessa política eu gosto e procuro "participar" e não tentar ser "apolítico", embora não goste da militância. Vale a pena lembrar que o ex-presidente americano Nixon teria enviado tropas ao Vietnã fundamentado na "maioria silenciosa", i.e., na maioria pretensamente apolítica!

Mas política também pode ser: 2) astúcia, ardil, artifício e esperteza. Há aqueles que fazem política usando de artifícios, manobras, conchavos, lobby, mentira e até usando as leis, encontrando nelas brechas! Infelizmente tal "política" vem sendo usada na sociedade de um modo geral, por vezes nas denominações religiosas e até em igrejas. É dessa política que não gosto, nem jamais gostarei, até porque não tenho tal habilidade nem quero desenvolvê-la. Talvez porque não sou político, mas profeta! O instrumento do político é a habilidade, a astúcia; o do profeta é o "assim diz o Senhor"

Não seria necessário dizer que o crente regenerado tem o dever de não fazer parte da maioria ou minoria silenciosa, mas de participar efetivamente da vida política da cidade, estado e nação, votando e até, se é sua vocação, militando politicamente. Por outro lado, por ser nova criatura, não deveria jamais usar de astúcia, ardil, artifício, esperteza, manobras, conchavos, lobby, mentira e muito menos brechas na lei para astutamente no trato das relações humanas, obter os resultados desejados!

Como crente devo ser um "animal político" participando com o meu voto nos destinos do meu país. Como crente devo rejeitar qualquer ardil para obter os resultados desejados. Afinal jamais os fins justificarão os meios, mesmos que os fins sejam justos!

Nas eleições seja um participante político consciente mas, por favor, não faça política!

Pr. Josué Mello Salgado

domingo, 17 de outubro de 2010

Eleições 2010

Ainda em tempo para o Segundo Turno das eleições, divulgamos o folder elaborado pela Convenção Batista Brasileira para instruir o eleitores a respeito do papel do cristão na participação política nas urnas e além.

Folder Voto

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vamos orar pelo Brasil






“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” 2Cr.7.14



... pense no Brasil, em nossa gente, em nosso território, nossa diversidade. Pense nas imensas riquezas, na simpatia do povo, nos cenários maravilhosos, na fauna e flora, nas grandes indústrias instaladas aqui, no triunfo dos esportistas e na criatividade, que é um de nossos traços mais marcantes; mas pense também nos abismos sociais, na dificuldade de acesso que muitos ainda tem à educação, à saúde, ao emprego, nas cadeias de corrupção e crime organizado que situações que oprimem o povo.
Ore ao Senhor, nosso Deus, o criador dos céus e da Terra, o único Deus vivo e verdadeiro, para agradecer pelas dádivas que ele derramou sobre nosso país, para louvá-lo por sua mão poderosa, que sustentou a soberania de um povo batalhador e solidário, para clamar pelo seu socorro na luta contra as desigualdades, contra o tráfico de drogas, contra a prostituição infantil e tantas outras mazelas que desafiam as autoridades.(1) Ore ao Senhor para pedir perdão pelos pecados da nação, como a corrupção e a apostasia, e para que ele derrame sobre o povo brasileiro suas bênçãos e o conhecimento do seu Filho, Jesus Cristo, Senhor e Salvador nosso.

Coloque o Brasil na sua lista de oração e agende também o dia 15 de outubro, o Dia Nacional Batista de Oração pelo Brasil *. Vamos nos unir em oração pelo nosso país!



* Acesse o site da CBB: (http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=291:um-dia-para-orar-pelo-brasil&catid=17:artigos2&Itemid=42)

(1) O poder da nação que ora. Omar de Souza e Stormie Omartian. Ed.Mundo Cristtão, 2006, p.7 e 36.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Decálogo do Voto Ético

I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município;

I I. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção;

I I I. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;

IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser ouvidos sem preconceitos;

V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob pena de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a comunidade;

VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.

VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.

VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo, e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas que, no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de "boatos" do tipo: "O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as igrejas"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão, em questão, ele dificilmente transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apoiem.

X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.
- Aliança Evangélica Brasileira -

Aquisições do mês de agosto



No mês de agosto disponibilizamos também livros da Literatura Universal doados a nossa biblioteca.


Confira!





ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. 1ª. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 1625 p. ISBN 978-85-7325-554-6.

ALEXANDER, T. Desmond. Do Paraíso à Terra Prometida: Uma introdução aos temas principais do Pentetêuco. São Paulo - SP: Shedd Publicações, 2010. 224p. ISBN 978-85-88315-97-6.

ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: Aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo - SP: Paulus, 1997. 209p. (Coleção Biblioteca de estudos bíblicos). ISBN 978-85-349-0977-8.

AULÉN, Gustaf. A Fé Cristã. São Paulo - SP: Aste - SP, 2002. 371p. ISBN 85-87565-07-09.

BARCLAY, Oliver. Mente Cristã. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2010. 136p.

BOA, Kenneth. O líder perfeito: Os traços da liderança de Deus. São Paulo - SP: Editora Vida, 2007. 285p. ISBN 978-85-7367-998-4.

BRIDGES, Jerry. A vida frutífera: o transbordamento do amor de Deus por seu intermédio. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2010. 143p. ISBN 978-85-7622-300-9.

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CHESTERTON, G. K. O Homen Eterno. Tradução de Almiro Pisetta. 1ª. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 305 p. ISBN 978-85-7325-590-4.

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DOOYEWEERD, Herman. No crepúsculo do pensamento: Estudos sobre a pretensa autonomia do pensamento filosófico. São Paulo - SP: Hagnos, 2010. 301p. ISBN 978-85-7742-067-4.

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GRUDEM, Wayne. Entenda a fé cristã: um guia prático e acessível com 20 questões que todo cristão precisa conhecer. São Paulo - SP: Vida Nova - SP, 2010. 191p. ISBN 978-85-275-0436-2.

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LAS CASAS, Bartolomeu de (Frei). Libertdade e Justiça para os povos da América: Oito tratados impressos em Sevilha em 1552: Obras completas. São Paulo - SP: Paulus, 2010. 601p. ISBN 978-85-349-3184-7.

LUDOVICO, Isabelle. O resgate do feminino: a força da sensibilidade e ternura em homens e mulheres. São Paulo - SP: Mundo Cristão - SP, 2010. 252p. ISBN 978-85-7325-486-0.

MACARTHUR, John et al. Avante, Soldados de Cristo: Uma reafirmação bíblica da Igreja. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2010. 191p. ISBN 978-85-7622-298-9.

MACARTHUR, John. A outra face: descubra o lado questionador, crítico, impetuoso e revolucionário de Jesus Cristo. Rio de Janeiro - RJ: Thomas Nelson Brasil, 2010. 271p. ISBN 978-85-7860-042-6.

MACHADO, Jonas. O Misticismo Apocalíptico do Apóstolo Paulo: Un novo olhar nas Cartas aos Coríntios na perspectiva da experiência religiosa. São Paulo - SP: Paulus, 2009. 294p. ISBN 978-85-349-3089-5.

MATUSZAK E SHELDON. Os insetos no palácio do faraó. São Paulo - SP: Vida - SP, 2005. 35p. ISBN 85-7367-934-4.

MCGRATH, Alister. A vida de João Calvino. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2004. 359p. ISBN 85-7622-029-6.

MENEZES, Antonio Carlos Fonseca. Evangelismo e despertamento espiritual. 2a. São Paulo - SP: Mensagem Editora, 2009. 144p. ISBN 85-903397-1-8.

NOLAND, Rory. O Coração do Artista: construindo o caráter do artista cristão. São Paulo - SP: W4Editora, 2009. 283p. ISBN 85-87086-18-9.

NOLAND. RORY. A vida do artista: Esperanças nas relações entre o artista e a Igreja. Tradução de Jorge Camargo. São Paulo - SP: W4 Endonet Comunicação, 2009. 224 p. ISBN 13958-85-87086-28-0.
O'CONNOR, Jerome Murphy. Paulo de Tarso - História de um Apóstolo. 2a. São Paulo - SP: Loyola - SP, 2008. 278p. ISBN 978-85-15-03329-4.

PARK, Tamara. Encontros Sagrados: de Roma a Jerusalém. São Paulo - SP: Garimpo, 2010. 330p. ISBN 978-85-62877-12-4.

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. 3a. São Paulo - SP: Editora Vida, 2009. 409p. ISBN 97-85-7367-144-5.

PRATT JR., Richard L. 1 e 2 Crônicas. Tradução de Neuza Batista da Silva. 1ª. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2008. 704 p. (Comentários do Antigo Testamento). ISBN 978-85-7622-044-x.

PRIETO, Christine. Cristianismo e Paganismo: a pregação do evangelho no mundo greco-romano. São Paulo - SP: Paulus, 2007. 133p. (Coleção Bíblia e Sociologia). ISBN 978-85-349-2785-7.


REILY, Duncan Alexander. História documental do protestantismo no Brasil. 3a. São Paulo - SP: Aste - SP, 2003. 458p. ISBN 85-87565-09-5.

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ROST, Leonard. Introdução aos Livros pócrifos e Pseudepígrafos: Do Antigo Testamento e aos Manuscritos de Qumran. 3a. São Paulo - SP: Paulus, 2004. 207p. (Nova Coleção Bíblica). ISBN 85-349-2122-9.

SANDERS, Ed Parish. Paulo, a Lei e o Povo Judeu. São Paulo - SP: Paulus, 2009. 279p. ISBN 978-85-98481-24-1.

SCARDELAI, Donizete. Movimentos messianicos no tempo de Jesus. São Paulo - SP: Paulus, 1998. 377p. (Coleção Biblioteca de estudos bíblicos). ISBN 85-349-1143-6.

SCHNELLE, Udo. Paulo: Vida e pensamento. Tradução de Monika Ottermann. 1ª. Santo André - São Paulo:Academia Cristã, 2010. 871 p. ISBN 978-85-98481-38-8.

SMITH, Gary V. Amós. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2008. 431p. (Comentários do Antigo Testamento). ISBN 978-85-7622-080-6.

SMITH, Hanna Whitall. O Segredo de uma Vida Feliz. Tradução de Gérson Rocha. 2ª. Belo Horizonte - MG: Betânia - BH. 264 p.

SOARES, Esequias. Cristologia: A doutrina de Jesus Cristo. São Paulo - SP: Hagnos, 2008. 182p. ISBN 978-85-7742-025-4.

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TOZER, A. W. O propósito do homem: Idealizado para adorar. Tradução de Selma Marques de Oliveira. 1ª. Belo Horizonte - MG: Motivar, 2009. 177 p. ISBN 978-85-99295-39-7.

TUCKER, Ruth A. Missões até os confins da Terra: uma história biográfica. São Paulo - SP: Shedd Publicações, 2010. 622p. ISBN 978-85-88315-96-9.


TÜNNERMANN, Rudi. As reformas de Neemias: A reconstrução de Jerusalém e a reorganização de Judá no período Persa. São Paulo - SP: Paulus, 2001. 210p. (Coleção Teses e Dissertações; v. 17). ISBN 85-233-0657-9.

VAN TIL, Henry R. O conceito calvinista de cultura. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2010. 303p. ISBN 978-85-7622-308-5.

VISCHER, Phil. Sidney e Norman: Um conto sobre dois porcos. São Paulo - SP: Hagnos, 2009. 46p. ISBN 978-85-243-0396-8.

WAND, J. W. C. História da Igreja Primitiva, até o ano 500. São Paulo - SP: Editora Custom, 2004. 328p. ISBN 85-89818-05-5.

WRIGHT, R. K. McGregor. A Soberania Banida: Redenção para a cultura pós-moderna. 2a. São Paulo - SP: Cultura Cristã - SP, 2007. 256p. ISBN 85-7622-166-7.

BÍBLIA d'Os Vegetais . São Paulo - SP: Editora Vida, 2009. 255p. ISBN 978-85-383-0135-6.


Literatura Universal

ALENCAR, José de. O Guarani. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 346 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

ALMEIDA, José Américo de. A Bagaceira. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 224 p.

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 220 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/dt. 203p.

ANDRADE, Oswald de. Serafim Ponte Grande. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 195 p.

AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 236 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha. Tradução de Viscondes de Castilho e Azevedo. 1ª. São Paulo - SP: Nova Cultural Ltda., 2002. 686 p. ISBN 85-13-01127-4.

COELHO NETTO, Henrique Maximiliano. Obra Seleta. 1ª. Rio de Janeiro - RJ: Nova Aguilar, 1958. 1446 p. (Biblioteca Luso-Brasileira).

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 496 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

LIMA BARRETO, Afonso Henriques de. Recordações do escrivão Isaías Caminha. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 195 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 207 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/dt. 172p. (Grandes da Literatura Brasileira).

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Dom Casmurro. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 219 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria; COUTINHO, Afrânio (Org.). Obra completa. 1ª. Rio de Janeiro - RJ: Nova Aguilar, 1979. 3 v. (Biblioteca Luso-Brasileira).

MACHIAVELLI, Niccolo. A Mandrágora. Tradução de Mário da Silva. 1ª. São Paulo - SP: Abril Cultural, 1976. 156 p. (Teatro Vivo).

POMPÉIA, Raul. O Ateneu. 1ª. São Paulo - SP: Juerp - RJ, s/d. 216 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 161 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

RAMOS, Graciliano. Angústia. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 210 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

REGO, José Lins do. Ficção Completa. 1ª. Rio de Janeiro - RJ: Nova Aguilar, 1976. 2 v. (Biblioteca Luso-Brasileira).

REGO, José Lins do. Fogo Morto. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/dt. 282p. (Grandes da Literatura Brasileira).

RIBEIRO, Júlio. A Carne. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 170 p.

SÓFOCLES. Édipo Rei. Tradução de Geir Campos. 1ª. São Paulo - SP: Abril Cultural, 1976. 106 p. (Teatro Vivo).

TCHEKOV, Anton. As Três Irmãs. Tradução de Maria Jacintha. 1ª. São Paulo - SP: Abril Cultural, 1976. 157 p.

TELLES, Lygia Fagundes. A Disciplina do Amor. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 159 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

VERÍSSIMO, Érico. Música ao longe. 1ª. São Paulo - SP: Círculo do Livro - SP, s/d. 244 p. (Grandes da Literatura Brasileira).

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sábado, 21 de agosto de 2010

Fidelidade Financeira



“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” (Ml.3.10)

A ênfase para o mês de agosto é fidelidade financeira. Esse tema nos leva à reflexão sobre o dízimo, palavra que significa a décima parte de alguma coisa:
- do Grego: Dexatem: a décima parte de alguma coisa, ou
- do Latim: Decimare: dez por cento de um valor.

De acordo com o autor Ivonildo Teixeira*, a palavra “Dízimo” tem sua origem no livro “Tora”. Embora a primeira alusão ao dízimo tenha sido em Gn.2.17, a palavra aparece pela primeira vez em Gn.14.20:
“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.”
A primeira vez que a palavra dízimo aparece no Novo Testamento é em Mt.23.23:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.”

“Entregar o dízimo não significa comprar favores de Deus, mas é reconhecer seu poder pelas suas dádivas àqueles que o servem neste mundo. Nós, cristãos, somos mordomos dos bens que Ele nos tem dado e nos resta, tão somente, administrar esses bens, entregando a Ele o que lhe é devido. A prática da entrega do dízimo deve ser espontânea e livre de qualquer tipo de pressão.”
(Cabral, 2003, p. 132)

Para você aprofundar seu conhecimento e reflexão sobre o assunto, sugerimos a leitura ou consulta às seguintes obras:
Cabral, Elienai. Mordomia Cristã. CPAD, 2003. Capítulo 10, p.131.
Lima, Paulo César. Dizimista, Eu?! CPAD, 2000.
Oliviera, Paulo José F. Desmistificando o Dízimo.ABU Editora, 2ª. ed. 2005.
Teixeira, Ivonildo. Finanças com Propósito. Ed. Atos, 2004. Capítulo 7, pg. 89.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vencedores do Prêmio Areté 2010

BRABO E EUDES MARTINS LEVAM ARETÉ

SBB, Mundo Cristão e Vida foram grandes vencedoras


Por: Celso de Carvalho - Redação Creio


Paulo Brabo e Eudes Martins foram os grandes vencedores do Prêmio Areté 2010, realizado nesta quinta-feira, dia 19 de agosto, durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Sociedade Bíblica do Brasil, Mundo Cristão e Vida foram às editoras mais premiadas no evento que reuniu cerca de 150 pessoas.

Promovido pela Asec (Associação dos Editores Cristãos) a edição 2010 recebeu 400 inscrições que concorreram em 30 categorias. Coube a um júri de 170 participantes escolher os vencedores. Durante a solenidade Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), destacou sucesso do livro cristão. “È uma honra ter esta premiação dentro da Bienal e mostra a parceria na revisão e modernização do Direito Autoral”, disse. Durante a noite de gala foi entregue uma doação de mil livros a ONG Makanudos.

Entre os vencedores não houve muitas surpresas. Na categoria Casamento/ autor Nacional, o grande vencedor foi o livro Feito para Durar, de Ricardo Agreste publicado pela Socep. “Fico feliz por ter conquistado este título. Esta obra é fruto da minha vida conjugal. Nossa família foi premiada”, comemorou.

Com sete troféus Areté nas categorias Apologética, Biografia, Estudo Bíblico, Evangelização/Estrangeiro, Teologia Doutrina, Vida Cristã Aplicada, Educação Teológica, Sérgio Henrique da Editora Vida também destacou as conquistas. “Mostra nosso compromisso com autor nacional. È um trabalho de amor e paixão pela Palavra”, repetiu.

Paulo Debbs, autor que concorreu na categoria Autor Infantil/Nacional por duas editoras diferentes vencendo com a obra O Pequeno Peregrino, defendeu seu compromisso no desenvolvimento de obras que valorizem a cultura cristã. “É uma vitória para literatura infantil, tento apresentar projeto de alto nível. As nossas crianças merecem”, falou.

Nas categorias especiais, Paulo Brabo ganhou título de autor revelação por conta de ser trabalho em Bacia das Almas e Em 6 passos o que Jesus faria. Ele ainda foi premiado como Livro do Ano. Eudes Martins da Sociedade Bíblica do Brasil foi escolhido pela Asec como personalidade literária. “ É o prêmio mais importante da área do livro. Fico lisonjeado jamais imaginei que aconteceria comigo”, finalizou.

ACONSELHAMENTO

E agora o que fazer - Jamiel Lopes (CPAD)



APOLOGÉTICA

Em busca de uma bioética global - Raul Marino Jr. (HAGNOS)



APOLOGÉTICA/ ESTRANGEIRO

A fé em tempos pós-modernos Charles Colson (Vida)



AUTO AJUDA/NACIONAL

Salvos da perfeição - Elienai Cabral Jr. (Ultimato)



AUTO AJUDA/ESTRANGEIRO

Como lidar com a sogra - Gary Chapman (Mundo Cristão)



BÍBLIA NACIONAL

Bíblia Ilustrada Talita -Josiane Faria (Geográfica)



BIBLIA/ESTRANGEIRO

A Bíblia do Pregador (SBB)



BIOGRAFIA/NACIONAL

Henri Nouwen de A a Z - Ricardo Bitun (Vida)



BIOGRAFIA/ESTRANGEIRO

O Diário de John Wesley - John Wesley (Arte Editorial)



CASAMENTO/ESTRANGEIRO

Seja o líder que a sua família precisa - Stephen Adei (CPAD)



CASAMENTO/NACIONAL

Feito para Durar - Ricardo Agreste (Socep)



COMENTÁRIO/NACIONAL

Tito e Filemon - Hernandes Dias Lopes (Hagnos)



COMENTÁRIO/ESTRANGEIRO

Comentário Bíblico Vida Nova - D. A. Carson, R. T. France, J. A. Motyer e G. J. Wenham (Vida Nova)


CONTOS E CRÔNICAS

A Bacia das Almas - Paulo Brabo (Mundo Cristão)


CURRÍCULO EBD INFANTIL

Kit Cordeirinhos de Jesus - Ana Daise M. Souza e Ana Paula M. M. de S. Aleixo (Central Gospel)



CURRÍCULO EBD ADULTO

Respostas bíblicas perguntas intrigantes - José Humberto e André Lima (Cristã Evangélica)



DEVOCIONAL/NACIONAL

Orando em Família 2010 (Encontro)



DEVOCIONAL/ESTRANGEIRO

Um mês para viver - Kerry e Cris Shook (Mundo Cristão)



EDUCAÇÃO CRISTÃ

Vamos construir o templo de Salomão - André Daniel Reinke (Hagnos)



EDUCAÇÃO CRISTÃ/ESTRANGEIRO

Educação que é cristã - Lois E. Lebar (CPAD)



EDUCAÇÃO CRISTÃ INFANTO JUVENIL/NACIONAL

O livro Superlegal – Detetive Júnior - André de Souza Lima e Amanda V. G. Alves (Cristã Evangélica)



EDUCAÇÃO CRISTÃ INFANTIL JUVENIL- ESTRANGEIRO

Como Criar Filhos com princípios - Gary Ezzo, Anne Marie Ezzo, Diane Wiggins (UDH)



ESTUDO BÍBLICO/ESTRANGEIRO

Princípios de relacionamento de Jesus - Tom Holladay (Vida)



ESTUDO BÍBLICO/NACIONAL

Davi (CPAD)



EVANGELIZAÇÃO/NACIONAL

Teologia e prática de métodos evangelísticos - Anselmo Ernesto Graff (Concórdia)



EVANGELIZAÇÃO/ESTRANGEIRO

A Igreja na cultura emergente - Leonard Sweet (Vida)



INFANTIL/ESTRANGEIRO

A grande barca de Noé (SBB)



INFANTIL/NACIONAL

O pequeno peregrino - Paulo Debs (Mundo Cristão)



INFANTO JUVENIL

Dois dedos de conversa - Josiane Farina (Geográfica)



INSPIRAÇÃO/ESTRANGEIRO

Louco Amor - Francis Chan (Mundo Cristão)



INSPIRAÇÃO/NACIONAL

O livro do som do céu - Carlinhos Veiga e Rick Szuecs (Palavra)



MINISTÉRIO PASTORAL

Arte e ofício da pregação bíblica - Haddon Robinson Craig Larson (Shedd)



LIDERANÇA/NACIONAL

50 segredos para o líder - Josué Campanhã (Hagnos)



LIDERANÇA/ESTRANGEIRO

Fazendo toda a diferença - Benjamin Wong (Igreja em Células)



MISSÃO NACIONAL

De todos os povos - Jairo de Oliveira (Descoberta)



MISSÃO/ESTRANGEIRO

Perspectivas no movimento cristão mundial - Ralph D. Winter, Steven C. Hawthorne e Kevin D. Bardford (Vida Nova)



MULTIMÍDIA/NACIONAL

Bíblia Completa em áudio (SBB)



MULTIMIDIA/ESTRANGEIRO

Biblioteca Digital Esperança (SBB)



REFERÊNCIA

Manual Bíblico SBB (SBB)



TEOLOGIA E DOUTRINA/NACIONAL

Calvino: O potencial revolucionário de um pensamento - Armando Silvestre (Vida)



TEOLOGIA E DOUTRINA/ESTRANGEIRO

Teologia de Antigo Testamento - Eugene Merrill (Shedd)



VIDA CRISTÃ APLICADA/NACIONAL

Em 6 Passos o que Jesus Faria - Paulo Brabo (Garimpo)



VIDA CRISTÃ APLICADA/ESTRANGEIRO

Jesus quer salvar os cristãos - Rob Bell (Vida)



EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

Fundamentos do grego bíblico - William D. Mounce (Vida)



VEÍCULO DE MÍDIA

Revista Ultimato



PRÊMIOS ESPECIAIS

Personalidade Literária: Eudes Martins, SBB

Livro do ano: A Bacia das Almas

domingo, 25 de julho de 2010

Lançamento do Selo e do Carimbo comemorativos do Jubileu de Ouro

Pr. Josué Mello Salgado obliterando o Selo Comemorativo

No domigo próximo passado, foram lançados o selo e o carimbo comemorativos do Jubileu de Ouro da Igreja Memorial Batista. A cerimônia de lançamento contou com a presença da Diretora de Filatelia dos Correios, Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca. Uma pasta contendo o selo foi entregue ao CEDOC e comporá o acervo de memória técnica da Igreja. O selo também estará disponível para a compra e circulará pelo Brasil afora nas milhares de correspondências entregues diariamente pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.


Pasta com o Selo Comemorativo do Jubileu de Ouro

Carimbo Comemorativo do Jubileu de Ouro

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Trailer do documentário Viva Igreja

Como parte das comemorações do Jubileu de Ouro da Igreja Memorial Batista, foi produzido um documentário chamado "Viva Igreja". O filme conta um pouco da história da Memorial desde sua organização em julho de 1960, meses após a inauguração de Brasília. O título do documentário alude ao lema da Igreja, "Uma Igreja Viva para o Deus Vivo". Você pode conferir abaixo o trailer:


Memorial Filmes apresenta “Viva Igreja”. Uma produção do Jubileu de Ouro. Produção executiva: Igreja Memorial Batista de Brasília - Pr. Josué de Mello Salgado ThD.; Coordenador do Jubileu, Dc. Esdras Queiroz - Produzido, roteirizado e dirigido por Guilherme Lobão de Queiroz. Adaptado do livro “Uma Igreja Viva Para o Deus Vivo”, Roberto Hollanda (org.). Produção e 2nd Unit Fabio Lapa. Fotografia e Montagem Gustavo Serrate. Trilha sonora de Fabio Salgado, canção-tema “Viva Igreja” em voz e violão. Interprete do hino de abertura Pr. James Everett Musgrave Jr. (in memoriam). Imagens da construção gentilmente cedidas pelo ARQUIVO PUBLICO DO DF. Imagens de arquivo cedidas por Rosber Almeida/Ministério de Informação.

*“As portas do inferno não prevalecerão contra ela” foi o tema do primeiro sermão pregado no capus da Igreja Memorial Batista de Brasília

**Pastores titulares Pr. Musgrave (1960-1962), Pr. Eber Vasconcelos (1963-1993) Pr. Norton Riker Lages (1993-1998), Pr. Josué Salgado (2000-atual)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Conselho aos Filósofos Cristãos

Reproduzo abaixo o post do blog Despertai, Bereanos! que contém a tradução, feita por Vitor Grando, de um relevante artigo de Alvin Plantinga sobre como deve ser postura de cientistas e filósofos cristãos numa comunidade acadêmica cada vez mais antiteísta. O artigo em inglês pode ser lido aqui.


Alvin Plantinga é um filósofo cristão que dispensa qualquer comentário. Tido como um dos maiores filósofos cristãos das últimas décadas, Plantinga foi um dos grandes responsáveis pelo ressurgimento do teísmo cristão no âmbito filosófico profissional nos últimos anos. Seus trabalhos em filosofia da religião e epistemologia causaram verdadeiras revoluções nas respectivas áreas. Este é o 5º artigo do Plantinga que este blog tem o privilégio de traduzir. Neste artigo clássico divulgado em 1984, Plantinga fala sobre a apropriada relação do filósofo cristão com sua disciplina, ele defende que o filósofo cristão não pode prontamente adotar as metodologias correntes no âmbito filosófico profissional por serem, boa parte delas, nocivas ao pensamento cristão. Plantinga defende uma maior independência e autonomia da comunidade filosófica cristã em relação ao resto da comunidade filosófica. É um artigo importante não só para filósofo mas como para qualquer crente que busca uma vida intelectual responsável e cristã. Sugiro também a leitura do artigo Como Pensar Sobre o Secularismo, do teólogo alemão Wolfhart Pannenberg, que também fala da relação do cristão com a cultura secular ao seu redor.

Mais informações sobre Alvin Plantinga:
1. Wikipedia
2. Guilherme de Carvalho
3. Alvin Plantinga: The Analytic Theist

Conselho aos Filósofos Cristãos


(Com um prefácio especial para pensadores cristãos de diferentes disciplinas)

Professor Alvin Plantinga
Tradução: Vitor Grando
DespertaiBereanos.blogspot.com

Prefácio.
No artigo seguinte eu escrevo na perspectiva de um filósofo e, é claro, eu tenho conhecimento detalhado apenas do (no máximo) meu campo de trabalho. Estou convicto, entretanto, de que muitas outras disciplinas se assemelham à filosofia no que tange às coisas que eu digo abaixo. (Fica a cargo dos praticantes de tais disciplinas observar se estou certo ou não).

Primeiro, não é somente na filosofia que nós cristãos somos altamente influenciados pelas práticas e procedimentos de nossos colegas não-cristãos. (De fato, tendo em vista o caráter rixento dos filósofos e o grande desacordo na filosofia é provavelmente mais fácil ser um dissidente na filosofia do que em qualquer outra disciplina.) O mesmo vale para aproximadamente qualquer disciplina intelectual contemporânea importante: história, crítica literária e artística, musicologia, e as ciências tanto sociais quanto naturais. Em todas essas áreas há maneiras de se proceder, hipóteses difundidas sobre a natureza da disciplina (por exemplo, hipóteses sobre a natureza da ciência e seu lugar na nossa economia intelectual), hipóteses sobre como a disciplina deve ser realizada ou sobre o que é uma contribuição importante; nós absorvemos essas hipóteses, se não quando jovens, de qualquer forma absorvemos ao trabalhar nas disciplinas. Em todas essas áreas aprendemos como praticar nossas disciplinas sob a direção e influência de nossos colegas. Mas em muitos casos essas hipóteses e pressuposições não se conformam facilmente a uma forma cristã ou teísta de enxergar o mundo. Isso é óbvio em muitas áreas: na crítica literária e teoria cinematográfica, onde o anti-realismo criativo (veja abaixo) invade; na sociologia e na psicologia e outras ciências humanas; na história, e até em muito da teologia contemporânea (liberal). É menos óbvio, mas não menos presente, nas chamadas ciências naturais. O filósofo australianoJ.J.C. Smart uma vez disse que um argumento útil (de seu ponto de vista naturalista) para convencer crentes na liberdade humana de seu erro é apontar que a biologia mecanicista contemporânea parece não deixar espaço para o livre-arbítrio humano: como, por exemplo, tal coisa (livre-arbítrio) poderia se desenvolver no curso evolucionário das coisas? Até na física e matemática, os rígidos baluartes da razão pura, questões similares surgem. Estas questões tem a ver com o conteúdo dessas ciências e a maneira como se desenvolveram. Também têm a ver com a maneira (como são normalmente ensinadas e praticadas) como essas disciplinas são artificialmente separadas das questões concernentes à natureza dos objetos os quais elas estudam - uma separação determinada, não pelo que é mais natural ao objeto em questão, mas por uma abrangente concepção positivista da natureza do conhecimento e a natureza da atividade intelectual humana.

E terceiro, aqui, como na filosofia, cristãos devem demonstrar autonomia e integridade. Se a biologia mecanicista contemporânea realmente não deixa espaço para a liberdade humana, então algo além da biologia mecanicista contemporânea deve ser sugerido; e a comunidade cristã deve desenvolver isso. Se a psicologia contemporânea é fundamentalmente naturalista, então cabe aos psicólogos cristãos desenvolver uma alternativa que se encaixe bem com o sobrenaturalismo cristão - uma que comece a partir de produtivas verdades científicas tais como Deus criou o ser humano a sua própria imagem.

É claro que eu não pretendo ensinar aos cristãos praticantes de outras disciplinas como apropriadamente praticar suas disciplinas como cristãos. (Tenho ocupação o bastante em tentar seguir minha própria disciplina adequadamente.) Mas eu acredito firmemente que o padrão apresentado na filosofia é também encontrado em quase toda área de engajamento intelectual sério. Em cada uma dessas áreas as fundamentais, e muitas vezes não expostas, pressuposições que dirigem a disciplina não são religiosamente neutras; são, muitas vezes, opostas à perspectiva cristã. Nessas áreas, então, como na filosofia, cabe aos cristãos que as praticam desenvolver as apropriadas alternativas cristãs.

1. Introdução

O Cristianismo, atualmente, e na nossa parte do mundo, está crescendo. Há muitos sinais apontando nesta direção: o crescimento de escolas cristãs, de sérias denominações cristãs conservadoras, o furor sobre a oração pública nas escolas, a controvérsia evolução/criação, e outros.

Há também poderosa evidência disso na filosofia. Trinta ou trinta e cinco anos atrás, o temperamento público da filosofia corrente no mundo de fala inglesa era profundamente não-cristão. Poucos filósofos eram cristãos; menos ainda admitiam em público que eram, e menos ainda pensavam que ser cristão faria alguma diferença real em sua prática filosófica. A questão da teologia filosófica mais popular, na época, era não se o Cristianismo ou o teísmo eram verdadeiros; a questão era se fazia sentido dizer se há tal pessoa como deus. De acordo com o positivismo lógico, em alta na época, a afirmação "Deus existe" não fazia sentido algum; é loucura; não expressa nada. A questão central não era se o teísmo era verdadeiro; era se há tal coisa como teísmo - uma afirmação factual que é ou falsa ou verdadeira. Mas as coisas mudaram. Há muito mais filósofos cristãos e ainda mais produtivos filósofos cristãos entre os maiores da vida filosófica americana. Por exemplo, a fundação da Society for Christian Philosophers (Sociedade para Filósofos Cristãos), uma organização que promove companheirismo e troca de ideias entre filósofos cristãos, é tanto uma evidência como uma consequência desse fato. Fundada seis anos atrás, agora é uma forte organização com encontros regionais em toda parte do país; seus membros estão profundamente envolvidos na vida filosófica americana profissional . Então, o Cristianismo está crescendo, e crescendo na filosofia, como também em todas as outras áreas da vida intelectual.

Mas mesmo o Cristianismo crescendo, deu poucos passos; e está marchando dentro de um território alheio. Visto que a cultura intelectual de nossos dias é, em grande parte, profundamente não-teísta e, portanto, não-cristã - mais do que isso, é anti-teísta. Muito das chamadas ciências humanas, muito das ciências não-humanas, muito do engajamento intelectual não-científico e mesmo uma boa parte da suposta teologia cristã é animada por um espírito estranho ao teísmo cristão. Não tenho espaço aqui para desenvolver e elaborar esse ponto; mas eu não preciso, pois isso é familiar a vocês todos. Retornando à filosofia: muito dos principais departamentos de filosofia na América tem praticamente nada para oferecer ao estudante que intenta ver como se é um filósofo cristão, como desenvolver o testemunho cristão em assuntos correntes na filosofia. Num departamento de filosofia típico haverá pouco mais do que um curso sobre filosofia da religião no qual lhes será sugerido que as evidências a favor da existência de Deus - as provas teístas clássicas - são, no mínimo, contrabalançadas pela evidência contra a existência de Deus - o problema do mal, talvez; e também pode ser acrescentado que a escolha mais sábia, tendo em vista máximas como A Navalha de Ockam, é dispensar toda essa ideia de Deus, pelo menos para propósitos filosóficos.

Meu intento, aqui, é dar alguns conselhos aos filósofos que são cristãos. E apesar de meus conselhos serem dirigidos especificamente aos filósofos cristãos, é relevante para todos os filósofos que creem em Deus, judeus ou muçulmanos. Eu proponho apresentar algum conselho à comunidade filosófica cristã ou teísta: algum conselho relevante à situação na qual nos encontramos. "Quem é você?", me perguntas, "para nos dar conselhos?". É uma boa pergunta sem resposta: devo ignorá-la. Meu conselho pode ser resumido em duas sugestões interligadas, junto de uma explicação. Primeiro, filósofos e intelectuais cristãos devem demonstrar mais autonomia - mais independência do resto do mundo filosófico. Segundo, filósofos cristãos devem mostrar integridade - integridade no sentido original da palavra, ser um inteiro. Talvez "integralidade" fosse a melhor palavra aqui. E necessário aos dois há um terceiro: coragem cristã, ou ousadia, ou força, ou talvez auto-confiança cristã. Nós filósofos cristãos devemos mostrar mais fé, mais confiança no Senhor; nós devemos vestir toda armadura de Deus. Deixe-me explicar de forma preliminar e breve o que eu tenho em mente; então considerarei alguns outros exemplos mais detalhadamente.

Pense num estudante cristão de Grand Rapids, Michigan, ouArkadelphia, Michigan - que decide seguir seu caminho na filosofia. Naturalmente o bastante, ele irá para a faculdade para aprender como se tornar filósofo. Talvez vá a Princeton, ou Berkeley, ou Pittsburg, ou Arizona; não importa muito qual. Lá ele aprende como a filosofia é praticada. As questões presentes são tópicos tais como a nova teoria de referência; a controvérsia realismo/anti-realismo; os problemas de probabilidade; a alegação de Quine sobre a indeterminação radical da tradução; Rawls sobre justiça; a teoria causal do conhecimento; problemas de Gettier; o modelo de inteligência artificial para entender o que é ser uma pessoa; a questão sobre o status ontológico não-observável de entidades na ciência; se há objetividade genuína na ciência ou em qualquer lugar; se a matemática pode ser reduzida a pura teoria ou se entidades abstratas em geral - números, proposições, propriedades - podem ser dispensadas; se mundos possíveis são abstratos ou concretos; se nossas afirmações são melhor vistas como avanços num jogo linguístico ou como tentativas de afirmar verdades sobre o mundo; se o egoísta racional pode ser taxado de irracional, e tudo o mais. É natural para ele, depois de obter seu Ph.D, continuar a pensar e trabalhar sobre estes tópicos. E é natural, além disso, trabalhar neles da maneira que lhe foi ensinado, pensando sobre eles à luz de hipóteses apresentadas por seus mentores e em termos de ideias comumente aceitas sobre de onde um filósofo deve iniciar, o que requer argumento e defesa, e como é uma explanação filosófica satisfatória ou uma solução apropriada a uma questão filosófica. Ele se sentirá desconfortável ao se separar destes tópicos e hipóteses, sentindo instintivamente que tais separações são no máximo marginalmente respeitáveis. A filosofia é uma empreitada social; e nossos padrões e hipóteses - os parâmetros dentro dos quais praticamos a filosofia - são ajustados por nossos mentores e pelos grandes centros contemporâneos de filosofia

De um ponto de vista isso é natural e apropriado, de outro, entretanto, é profundamente insatisfatório. As questões que eu mencionei são importantes e interessantes. Filósofos cristãos, entretanto, são os filósofos da comunidade cristã; e é parte de seu trabalho como filósofos cristãos servir à comunidade cristã. Mas a comunidade cristã tem suas próprias perguntas, suas próprias preocupações, seus próprios tópicos de investigação, sua própria agenda e seu próprio programa de pesquisa. Filósofos cristãos não devem tirar suas inspirações apenas do que está ocorrendo em Princeton ou Berkeley ou Harvard, atrativas e cintilantes como tais coisas podem ser; pois talvez esses tópicos não sejam os principais, ou talvez não os únicos, que eles, como filósofos cristãos, devem pensar. Há outros tópicos filosóficos sobre os quais a comunidade cristã deve trabalhar, e outros tópicos sobre os quais a comunidade cristã deve trabalhar filosoficamente. E, obviamente, os filósofos cristãos são aqueles que devem fazer o trabalho filosófico exigido. Se eles concentrarem seus esforços a tópicos populares ao mundo filosófico não-cristão, eles estarão negligenciado uma parte central e crucial de seus trabalhos como filósofos cristãos. O que é necessário aqui é mais independência, mais autonomia em relação a projetos e preocupações do mundo filosófico não-teísta.

Mas algo mais é importante aqui. Suponha que o estudante mencionado vá para Harvard; lá estuda com Willard van Orman Quine. Ele se acha atraído pelas ideias e procedimentos de Quine: seu empirismo radical, sua fidelidade à ciência natural, sua inclinação ao behaviorismo, seu naturalismo, e seu gosto por paisagens desertas e sua parcimônia ontológica. Seria totalmente natural para ele se tornar envolvido nessas ideias e projetos, ver a filosofia frutífera e útil como substancialmente envolvida nesses projetos. Claro que ele notará certas tensões entre sua crença cristã e sua maneira de fazer filosofia; e pode, depois, se esforçar para harmonizá-los. Ele devotará seu tempo e energia para entender e reinterpretar a crença cristã de modo a se tornar aceitável ao Quiniano. Um filósofo que eu conheço, que embarcou num projeto desses, sugeriu que os cristãos deveriam pensar em Deus como um conjunto (Quine está propenso a aceitar conjuntos): o conjunto de todas as proposições verdadeiras, talvez, ou o conjunto de ações certas, ou a união desses conjuntos, ou talvez seu produto cartesiano. Isso é compreensível. mas também vai numa direção muito errada. Quine é um filósofo brilhante: uma força filosófica, poderosa, original e hábil. Mas seus compromissos fundamentais, seus projetos e preocupações fundamentais, são totalmente diferentes dos projetos e preocupações da comunidade cristã - totalmente diferentes e, de fato, contrários. E o resultado de tentar enxertar o pensamento cristão sobre suas visões básicas do mundo será no máximo uma bagunça nada íntegra; e no pior comprometerá, distorcerá ou trivializará seriamente as alegações do teísmo cristão. O que é preciso é mais inteireza, mais integralidade.

Então o filósofo cristão tem seus próprios tópicos e projetos sobre os quais pensar; e quando ele pensa sobre os tópicos correntes no mundo filosófico, ele vai pensá-los de sua própria maneira, que poderá ser uma maneira diferente. Ele poderá ter que rejeitar hipóteses bem aceitas sobre a empreitada filosófica - ele pode ter que rejeitar hipóteses aceitas em relação ao ponto de início e procedimentos da empreitada filosófica. E - e isso é muito importante - o filósofo cristão tem um direito perfeito sobre o ponto de vista e hipóteses pré-filosóficas que ele trás para o labor filosófico; o fato de que isso não é amplamente compartilhado fora da comunidade cristã ou teísta é interessante mas fundamentalmente irrelevante. Eu posso explicar melhor o que penso através de um exemplo; então descerei do nível de explicações gerais para explicações mais específicas.

II. Teísmo e Verificabilidade

Primeiro, o temido "Critério de Verificabilidade de Sentido". Durante os prósperos dias do positivismo lógico, há uns trinta ou quarenta anos atrás, os positivistas alegaram que a maioria das afirmações cristãs características - "Deus nos ama", por exemplo, ou "Deus criou os céus e a terra" - sequer tem o privilégio de serem falsas. Elas são, diziam os positivistas, literalmente sem sentido. Não é que elas expressem proposições falsas; elas não expressam nada. Como a famosa citação de "Alice no País das Maravilhas": "Era briluz. As lesmolisas touvas Roldavam e relviam nos gramilvos." tais afirmações não dizem nada falso, mas somente porque não dizem nada, elas são "cognitivamente sem sentido", para usar a charmosa frase positivista. O tipo de coisa que teístas e outros têm dito por séculos, eles disseram, agora mostra-se sem sentido; nós teístas fomos todos vítimas, parece, de um hoax cruel - perpetrado, talvez, por ambiciosos sacerdotes e imposto a nós por nossas próprias naturezas crédulas

Agora se isso for verdadeiro, é de fato importante. Como os positivistas chegaram a esta surpreendente conclusão? Eles a inferiram a partir do Critério de Verificabilidade de Sentido, que diz, mais ou menos o seguinte, que uma afirmação tem sentido somente se for ou analítica, ou sua veracidade ou falsidade puder ser determinada por investigação empírica ou científica – pelos métodos das ciências empíricas. Sobre estas bases não somente o teísmo e a teologia, mas muito da metafísica e da filosofia tradicionais e muito mais foram declaradas sem sentido, sem sentido literal algum. Alguns positivistas reconheceram que a metafísica e a teologia, apesar de serem sem sentido, ainda têm um certo valor limitado. Carnap, por exemplo, achava que elas fossem algum tipo de música. Não se sabe se ele esperava que a teologia e a metafísica se sobrepusessem a Bach ou Mozart, ou até Wagner; eu, entretanto, penso que elas poderiam substituir o rock. Hegel poderia tomar o lugar dos The Talking Heads; Immanuel Kant poderia tomar o lugar dos Beach Boys; e no lugar do The Grateful Dead poderíamos ter, talvez, Arthur Schopenhauer.

O Positivismo tinha um gostoso ar de ser avant garde, moderno, e muitos filósofos o acharam extremamente atrativo. Além do mais, muitos dos que não o endossaram ainda dialogaram com ele com muita hospitalidade como sendo, no mínimo, extremamente plausível. Como consequência muitos filósofos – tanto cristãos como não-cristãos – viram nisso um verdadeiro desafio e um grande período ao Cristianismo: “O maior perigo ao teísmo hoje,” disse J.J.C. Smart em 1955, “vem das pessoas que querem dizer que 'Deus existe' e 'Deus não existe' são afirmações igualmente absurdas”. Em 1955 o livro NewEssays in Philosophical Theology surgiu, um volume de ensaios que ditariam o tom e os tópicos da filosofia da religião para a próxima década ou até mais; e muito deste volume tratava da discussão sobre o impacto do Verificacionismo no teísmo. Muitos cristãos inclinados filosoficamente ficaram perturbados e perplexos e se sentiram profundamente ameaçados; poderia mesmo ser verdade que os filósofos linguistas, de alguma forma, descobriram que as mais caras convicções dos cristãos eram, na verdade, simplesmente sem sentido? Havia muita ansiedade entre os filósofos, tanto teístas quanto aqueles simpáticos ao teísmo. Alguns sugeriram, em face do violento ataque positivista, que a comunidade cristã deveria recolher suas armas e recuar silenciosamente, admitindo que o critério da verificabilidade provavelmente era verdadeiro. Outros afirmaram que o teísmo é mesmo nonsense, mas é um nonsense importante. Ainda outros sugeriram que as afirmações em questão deveriam ser reinterpretadas de tal maneira a não afrontar os positivistas; alguém sugeriu seriamente, por exemplo, que os cristãos usassem, então, a sentença “Deus existe” como significando “alguns homens e mulheres tiveram, e têm, experiências chamadas de 'encontro com Deus'”, ele acrescentou que quando dizemos “Deus criou o mundo a partir do nada” o que deveríamos entender é “tudo que chamamos de 'material' pode ser usado de tal maneira a contribuir com o bem-estar dos homens”. Em um contexto diferente mas no mesmo espírito, Rudolf Bultmann iniciou seu projeto de demitologização do Cristianismo. A tradicional crença cristã sobrenaturalista, disse ele, é “impossível na era da luz elétrica e redes sem-fio”. (Alguém poderia, talvez, imaginar um cético antigo tendo uma visão semelhante de, digamos, da imprensa ,por exemplo, ou do papiro)

Por agora, é claro, o Verificacionismo se retraiu à obscuridade que tanto merece; mas a moral continua. Essas tentativas de acomodar o positivismo foram totalmente inapropriadas. Eu entendo que olhar para o passado é mais claro do que para o futuro e eu não trouxe à tona este trecho da história intelectual recente para ser crítico de meus antepassados ou para alegar que somos mais espertos que nossos pais: o que eu quero mostrar é que podemos aprender algo deste incidente. Pois os filósofos cristãos deveriam ter adotado um atitude diferente em relação ao positivismo e seu critério de verificabilidade. O que deveriam ter tido aos positivistas é “Seu critério está errado: pois tais afirmações como 'Deus nos ama' e 'Deus criou os céus e a terra' têm um sentido claro; então se não são verificáveis no seu sentido, então é falso que só afirmações verificáveis nesse sentido são válidas”. O que era necessário aqui era menos acomodação à corrente vigente e mais auto-confiança cristã: o teísmo cristão é verdadeiro; se o teísmo cristão é verdadeiro, então o critério do verificacionismo é falso. Claro, se os verificacionistas tivessem dado argumentos convincentes para seu critério a partir de premissas aceitas pelos pensadores teístas ou cristãos, então talvez haveria um problema para o filósofo cristão. Então deveríamos ou concordar que o teísmo cristão é cognitivamente sem sentido, ou revisar ou rejeitar tais premissas. Mas os verificacionistas nunca apresentaram quaisquer argumentos convincentes. De fato, eles quase sequer apresentavam argumentos. Alguns simplesmente declaravam esse princípio como uma grande descoberta e, quando desafiados, repetiam-no em alto e bom som; mas por que isso deveria perturbar alguém? Outros propuseram isso como uma definição – uma definição do termo “sentido”. Agora é claro que os positivistas tinham o direito de usar este termo da maneira que escolheram; é um país livre. Mas como que a decisão deles de usar esse termo de uma maneira específica pode apresentar algo tão significativo como o fato de todos os crentes em Deus estarem iludidos? Se eu propuser o uso do termo “democrata” como tendo o significado de “um completo salafrário”, seguiria daí que os democratas deveriam se envergonhar? O meu ponto, para repetir, é que os filósofos cristãos deveriam mostrar mais integridade, mais independência, menos prontidão em abraçar os predominantes ventos de doutrinas filosóficas e mais auto-confiança cristã.

III.Teísmo e a Teoria do Conhecimento

Posso apenas dar meu segundo exemplo indiretamente. Muitos filósofos alegaram encontrar um sério problema para o teísmo na existência do mal, ou na quantidade e tipos de males que encontramos. Muitos que alegaram encontrar nisso um problema para os teístas argumentaram o argumento dedutivo do mal: eles alegaram que a existência de um Deus onipotente, onisciente e totalmente bom é logicamente incompatível com a presença do mal no mundo – uma presença, inclusive, afirmada e enfatizada pelos teístas cristãos. Por sua vez, os teístas argumentaram não haver nenhuma inconsistência aqui. Acredito que o consenso presente, até mesmo entre aqueles que usaram de algum tipo de argumento do mal, é que sua forma dedutiva é insatisfatória.

Mais recentemente, filósofos alegaram que a existência de Deus, apesar de talvez não ser inconsistente com a existência desta quantidade e tipos de males que encontramos no mundo, é, de alguma forma, improvável em relação a isso.; isto é, a probabilidade de Deus existir tendo em vista o mal que encontramos, é menor do que a probabilidade, em relação a mesma evidência, de Deus não existir – nenhum criador onipotente, onisciente e totalmente bom. Assim a existência de Deus é improvável em relação àquilo que sabemos. Mas, então, se a crença teísta é improvável em relação àquilo que sabemos, segue-se que é irracional ou, pelo menos, está num nível intelectual inferior aceitá-la.

Agora examinemos essa alegação brevemente. O objetor afirma que:

1.Deus é um criador onipotente, onisciente e totalmente bom.

É improvável em relação a:

2. Existem 10E+13 turps de mal
(Onde turp é a unidade básica do mal).

Eu argumentei algures que existem grandes dificuldades em torno da alegação de que (1) é improvável dado que (2). Chame esta resposta de "resposta secundária". Aqui eu quero seguir no que eu chamo de resposta primária. Suponhamos que nós estipulássemos, para propósitos argumentativos, que (1) é, de fato, improvável dado (2). Vamos concordar que é improvável, dado a existência de 10E+13 turps de mal, que o mundo tenha sido criado por um Deus que é perfeito em poder, conhecimento e bondade. O que deveria seguir daí? Como isso se torna uma objeção à crença teísta? Como se segue daí o argumento do objetor? Não se segue, é claro, que o teísmo seja falso. Também não segue que alguém que aceite tanto (1) quanto (2) (e vamos acrescentar, reconhece que (1) é improvável em relação a (2)) tenha um sistema de crenças irracional ou está, de alguma maneira, culpado de impropriedade noética; obviamente pode haver pares de proposições A e B, tais que conhecemos tanto A quanto B, apesar do fato de que A é improvável em relação a B. Eu posso saber, por exemplo, que Feike é um frísio e que 9 em cada 10 frísios não sabem nadar, e ainda assim Feike sabe nadar; então eu estou obviamente dentro dos meus direitos intelectuais em aceitar ambas proposições, mesmo sendo a última improvável em relação à primeira. Então mesmo se houvesse um fato de que (1) é improvável em relação a (2), esse fato, não traria muitas consequências. Como, então, esta objeção pode ser desenvolvida?

Presumivelmente o que o objetor quer afirmar é que (1) é improvável, não somente em relação a (2), mas em relação a todo um corpo de evidências – talvez toda evidência que o teísta tem, ou talvez o corpo de evidências que ele é racionalmente obrigado a ter. O objetor deve estar supondo que o teísta tem um relevante corpo de evidências aqui, um corpo de evidências que inclui (2); e sua alegação é que (1) é improvável em relação a este corpo de evidências. Suponhamos que disséssemos que T é o corpo de evidências de um certo teísta T; e suponhamos que concordássemos que uma síntese é racionalmente aceitável para ele somente se não for improvável em relação a T. Agora que tipo de proposições devemos encontrar em T? Talvez as proposições que ele sabe serem verdadeiras, ou talvez o maior conjunto de crenças que ele pode aceitar sem evidências de outras proposições, ou talvez as proposições que ele conhece imediatamente – conhece, mas não conhece sobre as bases de outras proposições. Seja como for que caracterizemos esse conjunto T, a questão que eu proponho é esta: por que não pode a própria crença em Deus ser membra de T? Talvez o teísta tenha um direito de iniciar a partir da crença em Deus, tomando esta proposições como uma das que em relação a esta determina a propriedade racional de outras crenças que ele tenha. Mas se for assim, então o filósofo cristão esta totalmente dentro de seus direitos ao começar a filosofar a partir de sua crença. Ele tem o direito de tomar a existência de Deus como pressuposto e começar o seu labor filosófico a partir daí – assim como outros filósofos têm o direito tomar por pressuposto a existência do passado ou, digamos, de outras pessoas, ou as alegações básicas da física contemporânea. E isso me leva ao meu ponto aqui. Muitos filósofos cristãos parecem pensar de si mesmos como filósofos como engajados junto dos filósofos ateus e agnósticos numa busca comum pela correta posição filosófica quanto à questão de se há tal pessoa como Deus. É claro que o filósofo cristã oterá suas próprias convicções privadas neste ponto; ele acreditará, é claro, que há de fato tal pessoa como Deus. Mas ele pensará, ou tenderá a pensar, que como filósofo ele não tem direito a esta posição a menos que esteja apto a mostrar que esta crença segue de, ou é provável, ou justificada em relação a premissas aceitas por todos os partidos envolvidos na discussão – teístas, agnósticos ou ateístas. Além do mais, ele estará propenso a pensar que não tem direitos, como filósofo, a posições que pressupõem a existência de Deus se ele não puder demonstrar que essa crença é justificada de outras maneiras. O que eu quero argumentar é que a comunidade filosófica cristã não deve pensar de si mesma como engajada nesse esforço comum em determinar a probabilidade ou a plausibilidade filosófica da crença em Deus. O filósofo cristão muito apropriadamente começa a partir da crença em Deus, e a pressupõe em seu labor filosófico, sendo ou não capaz de demonstrá-la como provável ou plausível em relação às premissas aceitas por todos os filósofos, ou a maioria dos filósofos nos grandes centros filosóficos contemporâneos.

Tomando como pressuposto, por exemplo, que há tal pessoa como Deus e que nós estamos, de fato, dentro de nossos direitos epistêmicos (sendo justificados nesse sentido) em acreditar que há um Deus, o epistemólogo cristão pode perguntar o que é que confere justificação a crença: em virtude de que está o teísta justificado? Talvez haja diversas respostas possíveis. Uma das que ele pode apresentar é a de João Calvino (e, antes dele, da tradição Agostiniana, Anselmiana, Boaventuriana da Idade Média): Deus, disse Calvino, incutiu no ser humano uma tendência, uma propensão, ou uma disposição a acreditarem nele:

Está fora de discussão que é inerente à mente humana, certamente por instinto natural, algum sentimento da divindade. A fim de que ninguém recorra ao pretexto da ignorância. Deus incutiu em todos uma certa compreensão de sua deidade... Então, de tal perspectiva, desde o começo do mundo, nenhuma cidade, nenhuma casa existiria que pudesse carecer de religião. Nisso há uma tácita confissão: está inscrito no coração de todos um sentimento de divindade.
[2]

A alegação de Calvino, então, é que Deus nos criou de tal forma que tivéssemos por natureza uma forte tendência ou inclinação ou disposição em direção à crença nele.

Apesar de esta disposição a acreditar em Deus ter sido, em parte, suprimida pelo pecado ainda assim está universalmente presente. E é disparada por condições amplamente compreendidas:

Para que ninguém, então, seja excluído do acesso à felicidade, ele não só plantou na mente do homem a semente da religião da qual já falamos, mas se revela diariamente na construção do universo. Como consequência o homem não pode abrir seus olhos sem ser compelido a vê-lo.

Como Kant, Calvino ficou impressionado com essa conexão, pela admirável estrutura dos estrelados céus acima:

Mesmo o povo mais comum e o menos instruído, que foram ensinados apenas por seus próprios olhos, não podem deixar de perceber a excelência da arte divina, pois esta se revela em sua inumerável e ainda distinta e ordenada variedade.

O que Calvino diz sugere que alguém que adere a esta tendência e nessas circunstâncias aceita a crença de que Deus criou o mundo – talvez ao observar o céu estrelado, ou a esplêndida majestade das montanhas, ou a beleza complexa e articulada de uma pequena flor – está tão racional e justificado quanto alguém que acredita ver uma árvore por ter o tipo de experiência visual que nos sugere estarmos vendo uma árvore.

Sem dúvida, essa sugestão não convenceria o cético; tomada como uma tentativa de convencer o cético ela é circular. Meu ponto é somente este: o cristão tem suas próprias perguntas para responder, e seus próprios projetos; esses projetos podem não se entrosar com aqueles dos filósofos céticos ou descrentes. Ele tem suas próprias questões e seu próprio ponto de partida ao investigar tais questões. É claro, eu não quero sugerir que o filósofo cristão deve aceitar a resposta de Calvino à questão mencionada acima; mas eu digo que é perfeitamente apropriado para ele dar a essa questão uma resposta que pressupõe precisamente aquilo do que o cético é cético – mesmo se esse ceticismo for quase unânime na maioria dos prestigiados departamentos de filosofia de nossos dias. O filósofo cristão, de fato, tem uma responsabilidade para com o mundo filosófico, mas sua responsabilidade fundamental é com a comunidade cristã, e finalmente com Deus.

Novamente, o filósofo cristão pode estar interessado na relação entre fé e razão, entre fé e conhecimento: concedido que afirmamos algumas coisas por fé e sabemos outras coisas: concedido que creiamos que há tal pessoa como Deus e que a crença teísta é verdadeira; nós também sabemos que Deus existe? Aceitamos tal crença por fé ou razão? O teísta pode estar inclinado em direção a uma teoria do conhecimento confiabilista; ele pode estar inclinado a pensar que uma crença verdadeira constitui conhecimento se for produzida por um mecanismo produtor de crenças confiável. (Há problemas difíceis aqui, mas ignoremo-los por enquanto). Se o teísta acha que Deus nos criou com o sensus divinitatis de que Calvino fala, ele vai afirmar que, de fato, há um mecanismo produtor de crenças confiável que produz a crença teísta; ele, então, afirmará que sabemos que Deus existe. Alguém que siga Calvino aqui vai afirmar também que a capacidade de compreender a existência de Deus é parte do nosso equipamento intelectual ou noético como é a capacidade de compreender verdades de lógica, verdades perceptivas, verdades sobre o passado, e verdades sobre outras mentes. A crença na existência de Deus está, então, no mesmo barco que estão as crenças nas verdades da lógica, outras mentes, o passado, objetos perceptivos; em cada caso Deus nos construiu de tal forma que nas circunstâncias corretas adquiramos a crença em questão. Mas então a crença de que há um Deus está entre as sentenças de nossas faculdades noéticas naturais assim como estão aquelas outras crenças. Assim nós sabemos que há tal pessoa como Deus, e não somente cremos nisso; e não é por fé que compreendemos a existência de Deus, mas pela razão; e isso independente do sucesso de qualquer argumento teísta clássico.

Meu ponto não é que o filósofo cristão deva seguir Calvino aqui. Meu ponto é que o filósofo cristão tem um direito (eu diria um dever) de trabalhar nos seus próprios projetos – projetos definidos pelas crenças da comunidade cristã da qual ele é parte. A comunidade filosófica cristã deve trabalhar as respostas às suas questões; e tanto as questões como a maneira apropriada de desenvolver as respostas pode pressupor as crenças rejeitadas pelos principais centros filosóficos. Mas o cristão está procedendo muito apropriadamente ao começar a partir destas crenças, mesmo se forem rejeitadas. Ele não está sob nenhuma obrigação de confinar seus projetos de pesquisa àqueles exercidos naqueles centros, ou de exercer seus projetos sob as hipóteses que prevalecem lá.

Talvez eu possa explicar melhor o que eu quero dizer contrastando com uma visão totalmente diferente. De acordo com o teólogo David Tracy,

De fato o teólogo cristão moderno não pode eticamente fazer nada além de desafiar o tradicional auto-entendimento do teólogo. Ele não mais vê seu trabalho como uma simples defesa ou até mesmo uma reinterpretação ortodoxa da crença tradicional. Ao invés, ele acha que seu comprometimento ético à moralidade do conhecimento científico o força a assumir uma postura crítica em relação às suas próprias crenças tradicionais... Em princípio, a lealdade fundamental do teólogo como teólogo é à moralidade do conhecimento científico compartilhada com seus colegas, os filósofos, historiadores e demais ciências sociais. Não mais eles podem assumir suas próprias crenças ou tradições como garantias para seus argumentos. De fato, em toda empreitada teológica apropriada, a análise deveria ser caracterizada por aquelas mesmas posturas éticas do julgamento autônomo, julgamento crítico e o apropriado ceticismo que caracteriza as análises em outras áreas. [3]

Além do mais, essa “moralidade do conhecimento científico insiste que cada pesquisador inicie com os métodos e conhecimento do campo em questão, a menos que alguém tenha evidências do mesmo tipo lógico para rejeitar esses métodos e esse conhecimento”. Mais ainda, “para a nova moralidade científica, a lealdade fundamental de alguém como analista de qualquer e todas alegações cognitivas é somente a esses procedimentos metodológicos que a comunidade científica em questão desenvolveu.” (6).

Eu digo caveat lector: Estou pronto para apostar que essa “nova moralidade científica” é como o Sacro Império Romano: não é nem nova nem científica nem moralmente obrigatória. Além do mais, a “nova moralidade científica” me parece tremendamente desfavorável como postura para um teólogo cristão, moderno ou não. Mesmo se houvesse um conjunto de procedimentos metodológicos defendidos pela maioria dos filósofos, historiadores e cientistas sociais, ou a maioria dos filósofos, historiadores e cientistas sociais seculares, por que deveria o teólogo cristão ser leal a esse conjunto ao invés de, digamos, a Deus, ou às verdades fundamentais do Cristianismo? A sugestão de Tracy sobre como os teólogos cristãos devem proceder parece pouco prometedora. É claro que sou somente um filósofo, não um teólogo moderno; sem dúvida estou me aventurando para além dos meus domínios. Portanto, não pretendo falar para teólogos modernos; mas, ainda assim, as coisas valem para eles, o filósofo cristão moderno tem um direito, como filósofo, de começar a partir de sua crença em Deus. Ele tem o direito de assumi-la, pressupô-la em seu labor filosófico – independentemente de poder convencer seus colegas descrentes de que essa crença é verdadeira ou corroborada por aqueles “procedimentos metodológicos” que Tracy menciona.

E a comunidade filosófica cristã deve se preocupar com as questões filosóficas importantes para a comunidade cristã. Deve seguir com o projeto de explorar e desenvolver as implicações do teísmo cristão para todo tipo de questões que os filósofos fazem e respondem. Deve fazer isso independente de poder convencer a maioria da comunidade filosófica de que há de fato um Deus, ou de que é racional ou razoável acreditar que há. Talvez o filósofo cristão possa convencer o filósofo cético ou descrente de que há um Deus. Talvez seja possível em alguns casos. Em outros casos, é claro, pode ser impossível; mesmo se o cético aceitar premissas a partir das quais a crença cristã se segue por argumentos que ele também aceita, ele pode, quando ciente desta situação, desistir de tais premissas ao invés de sua descrença (Dessa maneira é possível reduzir alguém do conhecimento à ignorância apresentando um argumento que ele creia ser válido a partir de premissas que ele saiba serem verdadeiras).

Mas sendo isso possível ou não, o filósofo cristão tem outras questões com as quais se preocupar. É claro que ele deve ouvir, entender, e aprender da comunidade filosófica e ele deve assumir seu lugar lá; mas seu trabalho como filósofo não está restrito ao que o cético ou o resto do mundo filosófico acha do teísmo. Justificar ou tentar justificar a crença teísta para a comunidade filosófica não é a única tarefa da comunidade filosófica cristã; talvez não esteja nem entre suas tarefas mais importantes. A filosofia é uma empreitada comunitária. O filósofo cristão que observa exclusivamente o mundo filosófico externo à comunidade cristã, que pensa de si mesmo como pertencente primariamente àquele mundo, corre um risco duplo. Ele pode vir a negligenciar uma parte essencial de sua tarefa como filósofo cristão; e pode vir a se encontrar usando príncipios e procedimentos que não se encaixam bem com suas crenças como cristão. O que é preciso, mais uma vez, é autonomia e integralidade.

IV. Teísmo e as Pessoas

Meu terceiro exemplo tem a ver com antropologia filosófica: como deveríamos pensar sobre as pessoas humanas? Que tipo de coisa, fundamentalmente, são as pessoas? O que é ser uma pessoa, o que é ser uma pessoa humana, e como deveríamos pensar a pessoalidade? Como, em particular, os cristãos, cristãos filósofos, deveriam pensar sobre tais coisas? O primeiro ponto a notar é que na visão cristã, Deus é a pessoa principal, o primeiro e exemplar-chefe de pessoalidade. Deus, além do mais, criou o homem à sua imagem; nós, homens e mulheres, somos portadores da imagem de Deus. E as propriedades mais importantes para o entendimento de nossa pessoalidade são as propriedades que compartilhamos com ele. O que pensamos sobre Deus, então, terá um efeito imediato e direto na maneira como vemos a raça humana. É claro que aprendemos muito sobre nós mesmos por outras fontes – da observação diária, por exemplo, da introspecção e auto-observação, da investigação científica e por aí vai. Mas é também perfeitamente apropriado começar a partir daquilo que sabemos como cristãos. Não é o caso que a racionalidade, ou o método filosófico apropriado, ou a responsabilidade intelectual, ou a nova moralidade científica, ou qualquer coisa, requeiram que comecemos a partir de crenças compartilhadas com todo mundo – o que o senso comum e a ciência corrente ensinam, e.g. - para arrazoar ou justificarmos as crenças que temos como cristãos. Ao tentarmos prover um relato filosófico satisfatório de alguma área ou fenômeno, podemos apropriadamente apelar, no nosso relato ou explanação, a qualquer coisa que já cremos racionalmente – seja isso a ciência corrente ou a doutrina cristã.

Deixe-me prosseguir novamente para exemplos específicos. Há uma linha divisória fundamental, na filosofia antropológica, entre aqueles que veem o ser humano como livre – livre no sentido libertário (livre-arbitrío) – e aqueles que aderem ao determinismo. De acordo com os deterministas, toda ação humana é uma consequência de condições iniciais que fogem ao nosso controle por leis causais que também fogem ao nosso controle. Algumas vezes por trás dessa alegação há uma retratação do universo como uma enorme máquina onde todos os eventos, em nível macroscópico, incluindo as ações humanas, são determinados por eventos prévios e por leis causais. Nessa visão toda ação que eu realizei aconteceu de tal forma que não estava sob meu controle refreá-la.; e se, numa dada ocasião eu não realizei uma determinada ação, então não estava sob meu controle realizá-la. Se eu levantar meu braço, então, na visão em questão, não estava sob meu controle não levantá-lo. O pensador cristão tem uma posição nessa controvérsia pelo simples fato de ser cristão. Já que ele acreditará que Deus nos vê como responsáveis por muito do que fazemos – responsáveis e também apropriadamente sujeitos a louvor ou culpa, aprovação ou desaprovação. Mas como eu posso ser responsável pelas minhas ações, se não estava sob meu controle realizar qualquer ação que de fato eu não realizei, e também não estava sob meu controle refrear qualquer coisa que eu realizei? Se minhas ações são determinadas assim, então não posso ser responsabilizado por elas; mas Deus não faz nada impróprio ou injusto, e ele me vê como responsável pelas minhas ações; assim não é o caso que todas minhas ações são determinadas. O cristão tem uma razão inicial forte para rejeitar a alegação de que todas nossas ações são causalmente determinadas – uma razão muito mais forte do que os argumentos escassos e anêmicos que o determinista pode reunir do outro lado. É claro que se houvesse fortes argumentos do outro lado, então haveria um problema aqui. Mas não há, portanto não há problema algum.

O determinista pode responder que a liberdade e o determinismo causal são, contrariando aparências iniciais, de fato compatíveis. Ele pode argumentar que ser livre em relação a uma ação realizada no tempo t por exemplo, não implica dizer que não estava sob meu controle refreá-la, mas somente algo mais fraco – talvez algo como se eu tivesse escolhido não realizá-la, eu não a teria realizado. De fato, o compatibilista vai além. Ele vai afirmar, não somente que a liberdade é compatível com o determinismo, mas que a liberdade requer o determinismo. Ele vai afirmar, assim como Hume, que a proposição S é livre em relação a uma ação A ou que S faz Alivremente implica que S é causalmente determinado em relação a A – que há leis causais e condições antecedentes que juntas implicam tanto que S realize A ou que S não realize A. Ele manterá a alegação insistindo que se S não é assim determinada em relação a A, então é simplesmente uma questão de acaso – que se deve, talvez, aos efeitosquantum no cérebro de S – que S realiza A . Mas se é só uma questão de acaso S realizar A então ou S não realiza A, ou S não é responsável por realizar A. Se S realizar A é só uma questão de acaso, então S realizar A é algo que simplesmente acontece a S; mas não é realmente o caso de que S realize A – de qualquer forma não é o caso que S seja responsável por realizar A. E assim a liberdade, no sentido que é requerido para a responsabilidade, requer o determinismo.

Mas o pensador cristão vai achar essa alegação incrivelmente implausível. Presumivelmente o determinista quer dizer que o que ele diz caracteriza ações gerais, não somente aquelas dos seres humanos. Ele vai assegurar que é uma verdade necessária que se um agente não é levado a realizar uma ação então é simplesmente obra do acaso que o agente em questão realize a ação em questão. De uma perspectiva cristã, entretanto, isso é muito incrível. Já que Deus realiza ações, e realiza ações livremente; e certamente não é o caso de que há leis causais e condições antecedentes fora de Seu controle que determinem o que Ele faz. Pelo contrário: Deus é o autor das leis causais que existem; de fato, talvez a melhor maneira de pensar essas leis causais é como registros das maneiras que Deus trata normalmente as criaturas que ele criou. Mas é claro que não é simplesmente obra do acaso Deus fazer o que faz – criar e sustentar o mundo, digamos, e oferecer redenção e renovo para seus filhos. Então o filósofo cristão tem uma ótima razão para rejeitar essa premissa, junto com o determinismo e o compatibilismo que ela suporta.

O que está realmente em questão nessa discussão é a noção de agente causal: a noção de uma pessoa como fonte última de uma ação. De acordo com os partidários do agente causal, alguns eventos são causados, não por outros eventos, mas por substâncias, objetos – tipicamente agentes pessoais. E pelo menos desde a época de David Hume, a ideia de agente causal tem se enfraquecido. É justo dizer, eu acho, que a maioria dos filósofos cristãos que trabalham nesta área rejeitam o agente causal completamente ou suspeitam desta ideia. Eles veem a causação como uma relação entre eventos; eles conseguem entender como um evento causa outro evento, ou como eventos de um tipo podem causar eventos de outro tipo. Mas a ideia de uma pessoa, digamos, causando um evento, lhes parece ininteligível, a menos que possa ser analisada, de alguma forma, em termos de evento causal. É essa devoção ao evento causal, é claro, que explica a alegação de que se você realiza uma ação mas não é causado, então sua realização da ação é obra do acaso. Pois se eu afirmar que toda causação é ultimamente um evento causal, então eu vou supor que se você realiza uma ação mas não é causado por eventos prévios, então sua realização da ação não é causada e é, portanto, obra do acaso.

O devoto do evento causal, além do mais, vai argumentar, talvez, da seguinte maneira. Se tais agentes como pessoas causam efeitos que acontecem no mundo físico – o movimento do meu corpo de uma certa maneira, por exemplo – então esses efeitos devem ser causados ultimamente por volições ou undertakings – os quais, aparentemente, são eventos imateriais e não-físicos. Ele alegará, então, que a ideia de um evento imaterial ter eficácia causal no mundo físico é enigmática, ou dúbia ou pior.

Mas o filósofo cristão achará esse argumento pouco expressivo e sua devoção ao evento causal incompatível. O cristão já acredita que os atos de volição têm eficácia causal; ele acredita de fato, que o universo físico deve sua própria existência a tais atos volitivos – A vontade de Deus de criá-lo. E quanto à devoção ao evento causal, o cristão estará, inicialmente, fortemente inclinado a rejeitar a ideia de que evento causal é primário e o agente causal deve ser explicado em relação a isto. Pois ele acredita que Deus faz e fez muitas coisas: ele criou o mundo; ele o sustenta; ele se comunica com seus filhos. Mas é extraordinariamente difícil ver como tais verdades podem ser analisadas em termos de relações causais entre eventos. Que eventos poderiam fazer Deus criar o mundo? O próprio Deus institui ou estabelece as leis causais que existem; como, então, podemos ver todos os eventos feitos por sua ação como relacionados a leis causais anteriores? Como poderíamos explicar em termos de evento causal proposições que atribuem ações a ele?

Alguns pensadores teístas notaram este problema e reagiram diminuindo a atividade causal de Deus, ou seguindo impetuosamente Kant ao declarar que isso é de uma esfera totalmente diferente da qual nós estamos engajados, uma esfera além da nossa compreensão. Eu acredito que essa resposta é errada. Por que um filósofo cristão deveria se juntar à reverência geral ao evento causal? Não é que haja argumentos convincentes aqui. A verdadeira força por trás desta alegação é uma certa maneira filosófica de ver as pessoas e o mundo; mas esta visão não tem nenhuma plausibilidade inicial do ponto de vista cristão e não tem nenhum argumento convincente em seu favor.


Então, nestes pontos controversos da antropologia filosófica o teísta terá uma forte predileção inicial para resolver a disputa de um jeito ao invés de outro. Ele tenderá a rejeitar o compatibilismo, e afirmar que o evento causal (se houver tal coisa) deve ser explicado em termos de de agente causal, a rejeitar a ideia de que se um evento não é causado por outros eventos, então sua ocorrência é questão de acaso, e rejeitar a ideia de que eventos no mundo físico não podem ser causados pela deliberação de um agente. E o meu ponto aqui é esse. O filósofo cristão está dentro de seus direitos ao afirmar tais posições, podendo ou não convencer o resto do mundo filosófico e seja lá qual for o consenso filosófico corrente, se houver um consenso. Mas esse apelo a Deus e suas propriedades, nesse contexto filosófico, não seria um vergonhoso apelo a um deux ex machina? Certamente que não. “A filosofia”, como Hegel uma vez disse num raro lance de lucidez, “é pensar sobre as coisas”. A filosofia é, em grande parte, uma clarificação, sistematização, articulação, relacionamento e aprofundamento de uma opinião pré-filosófica. Nós vamos à filosofia com muitas opiniões sobre o mundo e a natureza humana e o lugar deste naquele; e na filosofia nós pensamos sobre esses assuntos, articulamos sistematicamente nossas visões, juntamos e relacionamos nossas visões sobre diversos tópicos, e aprofundamos nossas visões ao encontrarmos interconexões não esperadas e descobrindo resposta a questões ainda não formuladas. É claro que podemos mudar nosso pensamento em virtude da empreitada filosófica; podemos descobrir incompatibilidades ou outras infelicidades. Mas vamos à filosofia com opiniões pré-filosóficas; é assim que acontece. E o ponto em questão é: o cristão tem tanto direito às suas opiniões pré-filosóficas quanto os outros tem às deles. Ele não precisa 'prová-las' a partir de proposições aceitas por, digamos, a grande parte da comunidade filosófica não-cristã; e se forem rejeitadas como ingênuas, pré-cientifícas, primitivas, ou indignas de “homens eruditos”, não há nada contra elas. É claro que se houvesse argumentos genuínos e substanciais contra elas a partir de premissas legítimas para o filósofo cristão, então haveria um problema; ele deveria mudar algo. Mas na ausência de tais argumentos – e a ausência de tais argumentos é evidente – a comunidade filosófica cristã, começa apropriadamente, na filosofia, a partir daquilo que ela acredita.

Isso significa que a comunidade filosófica cristã não precisa dedicar todos seus esforços à tentativa de refutar alegações opostas e argumentos a partir de outras premissas, premissas aceitas pela comunidade filosófica não-cristã. Ela deve fazer isso, de fato, mas deve fazer mais. Pois se ela fizer somente isso, negligenciará uma importante tarefa filosófica: sistematizar, aprofundar, e clarificar o pensamento cristão sobre esses tópicos. Então, novamente: meu apelo é para que o filósofo cristão, a comunidade filosófica cristã, demonstre, primeiro, mais independência e autonomia: não precisamos trabalhar somente em projetos de pesquisa aceitos e trabalhados pela popularidade; temos nossas próprias questões para refletirmos. Segundo, devemos demonstrar mais integridade. Não podemos assimilar automaticamente o que é corrente ou está na “moda” ou é popular no procedimento e opinião filosófica; pois muito disso é nocivo ao pensamento cristão. E finalmente, devemos demonstrar mais auto-confiança cristã, ou coragem ou ousadia. Temos perfeito direito às nossas visões pré-filosóficas: por que, então, deveríamos nos intimidar pelo que o resto do mundo filosófico acha que é plausível ou implausível?

Esses são meus exemplos; eu poderia ter escolhido outros. Em ética, por exemplo: talvez o principal interesse teorético, da perspectiva cristã, é a questão sobre como o certo e o errado, o bom e o mal, o dever, a permissão e a obrigação se relacionam com Deus e sua vontade e sua atividade criativa? Essa pergunta não surge, naturalmente, de uma perspectiva não-teísta; e então, naturalmente, eticistas não-cristãos não tratam dela. Mas talvez seja a questão mais importante para um eticista cristão trabalhar. Eu já falei sobre epistemologia; deixe-me mencionar outro exemplo desta área. Epistemólogos, às vezes, se preocupam com a abundância ou falta de justificação epistêmica, por um lado, e verdade ou confiabilidade, do outro. Suponhamos que fizessemos o máximo que se espera de nós, falando noeticamente; suponhamos que fizéssemos nossos deveres intelectuais e satisfizéssemos nossas obrigações intelectuais: que garantia haveria de que ao fazermos isso chegaríamos à verdade? Há alguma razão para supor que se satisfizéssemos nossas obrigações, teríamos uma melhor chance de nos aproximar da verdade do que se as desprezássemos? E de onde vêm essas obrigações intelectuais? Como as adquirimos? Aqui o teísta tem, se não um claro conjunto de respostas, pelo menos claras sugestões em direção de um conjunto de respostas. Outro exemplo: o anti-realismo criativo está popular entre os filósofos; essa é a visão que afirma que é o comportamento humano – em particular, o pensamento e a linguagem humanas – o responsável pelas estruturas fundamentais do mundo e pelos tipos fundamentais de entidades que existem. De um ponto de vista teísta, entretanto, o anti-realismo criativo universal é no máximo uma mera impertinência, uma fanfarronice risível. Pois Deus, é claro, não deve sua existência nem suas propriedades a nós e nossas maneiras de pensar; a verdade é o contrário. Apesar de o universo, de fato, dever sua existência a atividade de uma pessoa, tal pessoa não é, certamente, uma pessoa humana.

Um exemplo final, dessa vez oriundo da filosofia da matemática. Muitos que pensam sobre conjuntos e sua natureza tendem a aceitar as seguintes ideias. Primeira, nenhum conjunto é membro de si mesmo. Segunda, ao passo que uma propriedade tem sua extensão contigentemente, um conjunto tem sua filiação (membership) essencialmente. Isso significa que nenhum conjunto poderia existir se um de seus membros não existisse, e que nenhum conjunto poderia ter menos ou mais membros do que aqueles que de fato tem. Isso significa, além do mais, que conjuntos são seres contingentes; se oRonald Reagan não existisse, então seu conjunto não teria existido. E terceiro, conjuntos formam um certo tipo de estrutura repetida: no primeiro nível há conjuntos cujos membros são não-conjuntos, no segundo nível há conjuntos cujos membros são não-conjuntos ou conjuntos de primeiro nível; no terceiro nível há conjuntos cujos membros são não-conjuntos ou conjuntos dos primeiros dois níveis, e por aí vai. Muitos também tendem, junto a George Cantor, a considerar conjuntos como coleções – como objetos cuja existência é dependente sobre um certo tipo de atividade intelectual - uma coleção ou "pensamento conjunto" como Cantor colocou. Se os conjuntos fossem coleções deste tipo, isso explicaria sua demonstração das três características que eu mencionei. Mas se a coleção ou pensamento conjunto tivesse que ser feito por pensadores humanos, ou por qualquer pensador finito, não haveria conjuntos suficientes – nem perto da quantidade que pensamos haver. De um ponto de vista teísta, a conclusão natural é que conjuntos devem sua existência ao pensamento de Deus. A explicação natural dessas três características é simplesmente que conjuntos são, de fato, coleções – coleções colecionadas por Deus; elas são ou resultam do pensamento de Deus. Essa ideia pode não ser popular nos centros contemporâneos de teoria dos conjuntos; mas não é nem aqui nem lá. Cristãos, teístas, devem entender os conjuntos de uma perspectiva cristã e teísta. O que eles creem como teístas proporciona um recurso para entender conjuntos que não está disponível ao não-teísta; e por que eles não deveriam utilizar esse recurso? Talvez aqui nós poderíamos proceder sem apelar àquilo que cremos como teístas; mas por que deveríamos, se tais crenças são úteis e explanatórias? Eu poderia provavelmente chegar em casa hoje pulando numa perna só; e talvez pudesse escalar a Torre do Diabo com meus pés atados. Mas por que eu iria querer isso?

O filósofo cristão ou teísta, então, tem sua própria maneira de trabalhar. Em alguns casos existem alguns itens em sua agenda – itens importantes – não encontrados na agenda da comunidade filosófica não-teísta. Em outros casos, itens em alta na comunidade filosófica podem parecer de pouca importância de uma perspectiva cristã. Em ainda outros, o teísta rejeitará hipóteses e visões comuns sobre como iniciar, como proceder, e o que constitui uma resposta boa ou satisfatória. Em ainda outros casos o cristão vai presumir e vai começar a partir de hipóteses ou premissas rejeitadas pela maior parte da comunidade filosófica. É claro que eu não estou sugerindo que os filósofos cristãos não tem nada a aprender de seus colegas não-cristãos ou não-teístas: isso seria arrogância tola, e totalmente rechaçada pelos fatos. Nem estou sugerindo que o filósofo cristão deveria se retrair em isolamento, tendo pouco a ver com os filósofos não teístas. É claro que não! Os cristãos tem muito a aprender e muito de grande importância a aprender dialogando e discutindo com seus colegas não-teístas. Filósofos cristãos devem estar intimamente envolvidos na vida profissional da comunidade filosófica, tanto por causa do que ele pode aprender como por causa daquilo com o que ele pode contribuir. Além do mais, enquanto os filósofos cristãos não precisam e não devem se ver como envolvidos, por exemplo, no esforço comum em determinar se há ou não uma pessoa como Deus, estamos nós, tanto teístas quanto não-teístas, engajados no projeto humano de entender a nós e o mundo no qual nos encontramos. Se a comunidade filosófica cristã está fazendo seu trabalho apropriadamente, estará engajada numa discussão complicada e dialética multifacetada, fazendo sua própria contribuição a esse projeto humano comum. A comunidade deve prestar cuidadosa atenção a outras contribuições; deve buscar um profundo entendimento delas; deve aprender o que puder delas e deve levar a descrença com bastante seriedade.

Tudo isso é verdadeiro e importante; mas nada disso vai de encontro ao que eu tenho dito. A filosofia é muitas coisas. Eu disse antes que é uma questão de sistematizar, desenvolver e aprofundar as opiniões pré-filosóficas. É isso, mas também é uma arena para articulação e intercâmbio de compromissos e lealdades fundamentalmente religiosas por natureza; é uma expressão de perspectivas profundas e fundamentais, maneiras de ver a nós mesmos, o mundo e Deus. Entre seus mais importantes projetos estão a sistematização, aprofundamento, a exploração e a articulação dessa perspectiva, e explorar suas implicações no resto do que pensamos e fazemos. Mas então a comunidade filosófica cristã tem sua própria agenda; ela não precisa e não deve automaticamente tomar seus projetos da lista daqueles projetos favoritos nos centros filosóficos contemporâneos de ponta. Além do mais, os filósofos cristãos devem estar cautelosos quanto a assimilar ou aceitar procedimentos e ideias filosóficas populares; pois muitas delas têm raízes profundamente anti-cristãs. E finalmente a comunidade filosófica cristã tem um direito às suas perspectivas; ela não está sob nenhuma obrigação de mostrar que tais perspectivas são plausíveis em relação àquilo que é tomado como verdade por todos filósofos, ou a maioria dos filósofos, ou os prominentes filósofos de nossos dias.

Em resumo, nós que somos cristãos e nos propomos a sermos filósofos não devemos nos contentar em sermos filósofos que, por acaso, são cristãos; devemos nos esforçar em sermos filósofos cristãos. Nós devemos, portanto, prosseguir com nossos projetos com integridade, independência, e ousadia cristã.[4]

NOTAS

1. "The Probabilistic Argument from Evil," Philosophical Studies, 1979, pp. 1-53.
2. A Instituição da Religião Cristã (UNESP, 2007). Livro. 1, Cap. III, pp. 43-44.
3. Blessed Rage for Order (New York: Seabury Press), 1978, p. 7.
4. Proferido em 04 de Novembro de 1983, como o discurso inaugural do autor como Professor John A. O'Brien de Filosofia na Universidade de Notre Dame.